segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

As rosas e os espinhos!

Dizem que espreitar é feio
A posição nem isso obriga
A rosa está no canteiro do meio
No jardim da rapariga

Se ela é morena ou clara
Aqui, sei tanto como tu
Pois não lhe vendo a cara
Só me resta ver-lhe o cu

Naquela "posição de ponte"
Num gesto muito bem arcada
Não se lhe vê a fronte
Mas o sítio da tacada

Os buracos são precisos
Para plantar com raiz
No canteiro de narcisos
Que fazem um tipo feliz

As rosas são traiçoeiras
Na essência dos cheirinhos
Com suas hastes matreiras
Impingem-nos os seus espinhos

Ó rosa que estás na roseira
Deixa-te ficar que estás bem
Que mesmo sendo traiçoeira
Cheiras melhor que ninguém

Eu, tinha uma rosa
Tu, outra rosa tinhas
Nestas que te dou, ó Rosa
Já não são daninhas

Tirei-lhe os picos
E, nos meus desejos sãos
Evitando outros riscos
Para não ferir tuas mãos...

Nem picar as minhas !

sábado, 23 de janeiro de 2010

Desgarradas Fadísticas!

P'rá Gentes do Norte, no fado Mouraria,

Começa o Homem:

P'rá comichão que a rói, rói,
Tenho aqui a solução.
Se eu lhe coçar o dói, dói,
Acalmo-lhe a comichão.

Responde a Mulher:

Embora não lhe dê trela,
Respondo-lhe com rigor.
Uma boa coçadela,
Quer você no "Sim- Senhor".

Se comigo adormecer,
Debaixo dos meus lencóis,
Não se vai arrepender,
Sou coçador de "Dói-Dóis".

Coçador que tão bem coça,
Só de língua , já se vê.
Diz que coça mas não coça,
Coçado, quer ser você.

Menina, não se alvoroce,
Porque os nossos rouxinóis,
Só nos pedem que eu lhe coce,
A toca dos aranhóis.

Fanchono, de mim não troce,
Que leio nas suas proposta,
Que procura quem lhe coce,
No fundo das suas costas.

Quer eu a coce quer não,
Mostra bem nos seus gracejos,
Que as minhas propostas são,
Remédio p'rós seus desejos.


Tanto disparate ouvi,
Mas nenhum me convenceu.
Guarde os remédios p'ra si,
Que precisa mais do que eu.

E, como já vinha sendo tempo, acaba-se a desgarrada

------O homem: - Já vi que não levo nada
------A mulher : - Com toda a sinceridade,
Os dois em coro: - Acaba-se a desgarrada,
Os dois em coro: - Mas não a nossa amizade.

A Ponte Antiga!

Responde sem fazer fita
Não sendo tu jardineiro
Qual a rosa mais bonita
Que vês aqui no canteiro?

Queria era falar-vos da ponte
Mas não sei porque razão
Nada mais vejo que a fonte
Da vossa e minha atenção!

Se por baixo tem buracos
Por cima também os tem
Claro que falo da ponte
Mas não engano ninguém!

Juizo final ou castigo extemporâneo...

Não admira, pois, que o Portas
Obrigue Sócrates a vergar a espinha
E, se as coisas andam tortas
Vão continuar mais ainda

Mas, nas questões homossexuais
Mesmo fora da macia tarimba
São considerados bestiais
Os que lhe saltam para cima

Se aprovaram tais artigos
Muito antes do Natal
Gozam como quem come formigos
Sentem um prazer excepcional

Antigamente era proibido
Infringir o artigo dezasseis
Agora é mais um castigo
Ter de aceitar novas leis

Não há nenhum respeito
Nem valor de ser honrado
Não existe pior defeito
Do que ser enrabichado

E, não me admirava nada
Com este "belo sentimento"
Que venha a haver marmelada
Nos corredores do parlamento

Assim, fazem uma coisa bonita
Daquela que antes era feia
Fica pois como ridícula
A nossa democrática assembleia...

O bigode do Almeirim...

Consultando os alfarrábios
Que nos dizem algo antigo
Vou comentar o pêlo nos lábios
Deste nosso caro amigo

Diz o ditado e é verdade
Que isto de usar bigode
Fala sempre quem sabe
Que é só para quem pode

Dantes dava-nos certa graça
Censurar homens com madeixa
Ou duma moça com bigodaça
Com forte pêlo na beiça

Quanto ao amigo Almeirim
Seu bigode não é farto
Aconteceu-me o mesmo a mim
Parecem sobrancelhas de gato

Muito embora de pouco pêlo
Mais parece um ouriço cacheiro
Como amigo, interessa revê-lo
Pois é mais um marinheiro

Gostar das coisas peludas
Exige muitíssimo cuidado
Pois sendo elas barbudas
Arruma-se o pêlo p'ro lado

Havendo falta de cabelo
Nos obriga a sermos carecas
É como faltar a bossa ao camelo
Ou como arado sem aivecas

Temos ainda as perucas
Ou cabeleiras postiças
Mas pouco importam as trufas
Haja saúde nas dobradiças!

Nesta minha onda brejeira
Que até pouco interessa
Não passa duma brincadeira:
Conhecem algum burro careca?

Neste mundo da burricada
Não há burro careca, mas ateu
No meio desta asneirada
O maior burro sou eu!

Já me sinto bastante cansado
Vou procurar meu descanso
Rogo-vos que tenhais cuidado
Dou muitos coices em falso...

Não é preciso chamar-me burro
Eu sei que nesta trapalhada
Embora seja o mais maduro
Tenho companhia na manada

No bater dos cascos a trote
Deste conjunto aberrante
Alguns correm a galope
À procura do comandante

E,chegando ao fim da meta
Quase a cheirar a esturro
Alguém indique com uma seta
Se conhece algum comandante burro!

Animais que trabalham no duro
Sempre com pouco desembaraço
Não ia deixar nenhum burro
Sem lhe mandar um abraço!

Com as sinceras desculpas
do,Verde

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A peleja dos apitos...

Sem querer molestar ninguém
Nem provocar algum azedume
Tentarei aplicar também
A minha crítica do costume

Apito abaixo, apito acima
Que se traduz numa baixela
Já ninguém me tira a cisma
Todos querem dar uma apitadela

De tantas "gaitas" à escolha
Desde o pífaro ao trombone
Se têm comichão na bolha
Podem coçar onde lhe come

Pois, voltando ao apito
De ouro, prata ou cobre
Com este nome esquisito
Só apitam contra o pobre

E, agora para acabar
Sem disto fazer maleita
Há quem goste de tocar
Mas numa gaita direita!

Se calhar, dá melhor eco
Por não ter curvas no cano
Mas quem se mete num beco
Sem saída, provoca algum dano...

Se alguns pagam as favas
Ficam com elas engasgadas
Outros fazem das pessoas parvas
E,riem-se às gargalhadas...

De tanto tocar gaita na rua
Que até quase se desafina
Cada um vá tocando na sua
Enquanto eu vou tocando na minha...

sábado, 16 de janeiro de 2010

A Verdade e a Mentira!

A sintisa não entendo
A fumaça engraçado
As verdades vou dizendo
com as mentiras apavorado

Simplesmente vou escrevendo
Com humildade, simples prosa
Com a dos outros vou aprendendo
Mesmo não sendo janota

Obrigado camarada Agostinho
Nos bloggers tenho encontrado
Muita prosa, sem pergaminho
Pelo mundo tenho andado

Sou sincero podes crer
Não estou aqui para te julgar
Convosco, muito estou a aprender
Sem em troca nada pagar

Na escrita és profissional
Eu sou um simples amador
Já tu passastes o portal
Ainda eu não cheguei ao corredor

Tenho andado a devanear
E na net pesquisando
Para encontrar a verdade
E a mentira desprezando.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Não renego a raça nem o lugar...

Onze províncias tem Portugal
Qual delas com mais relíquias
Com sua beleza sem igual
Todas elas bem bonitas

Nascer em quaisquer delas
Foi um acaso acontecer
Se porém são todas belas
Não era preciso escolher

Assim, cada um nasceu
Onde o Senhor Deus quis
Ficamos todos debaixo do céu
Eu na minha sou feliz

Por muito querer e gostar
E ter um sentimento profundo
Ninguém pode escolher o lugar
Para vir a este mundo

Como gosto da terra minha
Não devo renegar a raça
Puxar a brasa à sardinha
Também tem a sua graça

O Jordão é do Alentejo
Eu sou do Douro Litoral
Mas aquilo que mais almejo
É que honremos Portugal...

Português Antes de Tudo

Meu caro VERDE relembro a afirmação que já aqui fiz
E reafirmá-lo-ei sempre seja onde for e a quem quiser
Nunca trocarei o solo do meu nobre (nosso) País
Pelo solo de um outro País quaquer.

jordão
Esta inveja de não seres
Alentejano, meu rapaz!
Faz-te engordar e sofrer,
E tu, mais magro não estás.

Alentejano, -não é um qualquer!...
E tenho que te dizer;
Não é Alentejano quem quer,
Mas só quem merece ser.

Um abraço do "faz Invejosos"

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

SER PORTUGUÊS...

A quem na pele lhe corte,
Responde com estupidez,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

Quando bebe é o mais forte,
Pensa que vale por três,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

É tão bom que até a morte,
Já fugiu dele uma vez,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

Viaja e não perde o norte,
Tem tino como um maltês,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

Dez dias vivendo à sorte,
Poupando o resto do mês,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

Se alguém há que o não suporte,
Não deixa de ser cortês,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

Arma chim-frim nos transportes,
E depois diz que nada fez,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

Se uma mulher lhe dá sorte,
Depressa lhe pede os três,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

Mas com mulher que suporte,
É ele quem lhe dá três,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

Se uma mulher lhe dá sorte,
Os dois depressa são três,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.

TRABALHANDO GANHA O PÃO,
NAS CONTAS TEM HONRADÊS,
MEU PORTUGUÊS D’UM CABRÃO,
MOSTRAS BÉM QUE ÉS PORTUGUÊS.

Chico Jordão; Luxemburgo, 30-01-2001

A advocacia que temos...

Quantos formados em Advocacia
Mais inclinados para o torto
E o Direito na nossa Democracia
Vai-se diluindo como aborto

Não adianta pregar no deserto
Pois tudo acaba em desconsolo
Porque eles promovem a esperto
Aquele que antes era tolo...

Mal de nós em cruzar os braços
Pois cada vez ficaríamos pior
Temos de juntar todos os pedaços
Para construir um Portugal melhor!

O próximo convívio da Compª nº 2 de Fuzileiros

Grande prova de sobrevivência
Que requer uma certa confiança
No final sentiremos a diferença
Pois vamos encher a pança

Alcácer do Sal ou "Quibir"
A 1ª em terra alentejana
Nas margens do Sado irão surgir
Os camaradas de Campanha

Para reviver o passado
E bebendo mais um copo
Alguns até irão a nado
Para chegarem ao topo

Que sejam momentos de alegria
De mais um encontro feliz
Para festejar nesse dia
A nossa amizade de raiz

Com abraços e saudações
Àqueles que no mundo inteiro
Sentem nos seus corações
Um grande amor à Fuzileiro...


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A segunda geração...

De geração em geração
Vamos seguindo viagem
São os novos, pois então
A prestar-nos homenagem

Velhos e novos sempre unidos
Todos fazemos a história
Que depois de anos volvidos
Avivam a nossa memória

De longínquos tempos passados
Com certos augúrios e louros
Que hoje já deveras cansados
Damos lugar aos vindouros

Filhos e netos como jasmins
Connosco cantam vitória
São flores dos nossos jardins
De orgulho e de glória...

Que enérgicos ajudam a erigir
Um forte e belo pedestral
Levando-os portanto a sentir
Que também são Portugal...

Para o amigo Valdemar...

Meu grande amigo Valdemar
Eu não estou esquecido
O dia há-de chegar
Para atender teu pedido

Tenho muitas coisas a fazer
Nem parece que sou reformado
Não foi por me esquecer
Mas isto leva o seu bocado

Há que pensar e discernir
Dar-lhe uns toques a preceito
Esperar pela musa e sentir
Qual será a altura do jeito

Não há tanta pressa assim?
Eu tenho isso na minha ideia
Ser poeta não depende só de mim
Mas de possuir a tal veia...

Vou juntar todas as pontas
De todos os fios até ao novelo
E quando estiverem prontas
Serás o segundo a sabê-lo

Poderias ser tu o primeiro
Mas se sou eu que as escrevo
Ofender o Valdemar Marinheiro
São coisas que não me atrevo

Como bons filhos da Escola
Levando lanche ou merenda
Bons preceitos dentro da sacola
Para que a gente se entenda

Cheios de uma grande amizade
Não podemos fugir a tal
Num abraço com sinceridade
Havemos de apertar o cabedal...

Com tanta roupa assim...

Resposta ao Jordão:

Com tanta roupa assim
Não é fácil ganhar fama
Se vejo isso por mim
Como um fuzileiro na lama

Mas nesse louco frenesim
Lembra a raça cigana
Pois no mesmo camarim
São quatro na mesma cama

Uma dum lado dá calor
A de cima carrega para baixo
Do outro lado é um estupor
E na outra me encaixo

Usando de tanto material
Podem ser morenas ou louras
É mais que natural
Tens de tirar as ceroulas

E, ainda no último impulso
Tiras as cuecas também
Pois não está muito em uso
Pedir a ajuda de alguém

Não é a barraca que abana
Do trabalho lá dentro feito
Mas o vento da montanha
Naquele seu usual trejeito

Com um inverno a rigor
E o pénis como uma rodilha
Será difícil encontrar o dispor
Com o testículo na virilha

Se agasalhar é preciso
Até servindo-se do capote
E ter de facto algum juízo
Ou, pelo menos mais sorte

O tempo não volta para trás
Como canta o Mourão
São brincadeiras desse rapaz
Que se chama Jordão!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A poesia do «Aspirina B»!

O Luís Oliveira, no blog Porta da Capitania, tem um link para outro blog, o Aspirina B, onde ás vezes vou dar uma espreitadela. Hoje encontrei lá isto, a que achei um piadão e não pude deixar de trazê-lo para aqui, com uma adaptação «secundo me». Espero que o apreciem tanto como eu. Ora tomem lá...


José Sócrates mente
Nota-se-lhe nos trejeitos
Nos tiques
Nas frases pesadas ao milímetro
(sim: as frases pesam-se ao milímetro)
Mente quando diz que quer
Mente quando diz que não quer
Mente mesmo quando diz
Que não sabe se quer
Se não quer
Mente
Mente porque mentir
É não saber se
Se mente se se diz a verdade
Quando se diz o que se sente
E José Sócrates
Diz o que sente
E diz o que não sente
E mente
Só não sei se
Quando diz o que sente
Se quando diz o que não sente
Mente
E isso é próprio ...
... de má gente!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

QUADRS SOLTAS

Ora, já que o nosso amigo Artur Leiria diz também gostar de quadras soltas, aqui vão para ele umas larachas. Cada quadra tem o seu sentido, independente. Ele depois dará, certamente, a sua opinião.

Se pensares que um imbecíl
Se cruza no teu caminho
Afasta-te,- sê mais subtil
E deixa-o seguir sozinho.

Não quero que penses que eu penso
Que não te quero - não penso assim!
Pensa sim que te pertenço
E me pertences a mim.

pergunta:

Porque razão em nós perdura
Desacordo, em tanta matéria?

resposta:

É porque eu abundo em miséria,
E tu abundas em fartura.


Posso afirma-te que após
Ouvir, o que a razão diz,
Só a morte de um de nós,
Fará o outro feliz.

E agora uma pequena sextilha alegórica, para alegrar

Como o inverno está a chegar,
Vou ter que me agasalhar,
Deste frio que não engana.
Enfio dois pare s de ceroilas (ceroulas)
Contrato duas moçoilas,
Depois; - até a barraca abana...

Talvez portuguesismo a mais , mas...

A MINHA TERRA É PORTUGAL
(Belíssima frase da autoria do Valdemar)

Àqueles que pensam, erradamente, que aquilo que é de fora é que é bom.

Meu velho Marinheiro, dum passado heróico e nobre!
Meu glorioso País, tão mal tratado. (amarrotado) (não p'lo Povo)
Liberto, serás grande, glorioso e respeitado,
Liberta-te pois, desse cativeiro, pondos de lado
Esse negro e triste manto que te cobre.

P'ró bem do País...

P'ró bem do País... P'rá Revista à Portuguesa!


Ao Valdemar e ao Artur,

Aqui vai uma pequena brincadeira para mostrar a esses srs que;
- Podem tomar-nos por tolos, mas, lá isso é que não somos.
Isto deve ser compreendido em forma de Revista à Portuguesa, ora cantando ora falando com o público, dando sempre as entoações necessárias e adequadas à voz. As virgulas e as pausas e até "a mímica" devem ser sempre adaptadas às circunstâncias.

Os Senhorios de S. Bento
Simples matérias fecais
Fazem do Povo um jumento
E sobra-lhes tempo p'ra mais (En Calão)
Ao povo não dão cavaco. (réplica em voz baixa) Mais cavaco? - Não!
A quilo é uma alegria
Vão todos com a mão ao saco (Vã tod's ca mã ô sac)
E o saco não se esvazia.
Vão gastando euros aos centos
Mas depois p'ró Zé Povinho
São só aumentos, são só aumentos... (Em tom forte e em coro)

Primeiro aumentam o gás P'ró bem do País, P'ró bem do País
E o pão não fica para trás
É como quem diz... é como quem diz... P'ró bem do País, P'ró bem do País
Vão-se ao IVA e catrapaz P'ró bem do País, P'ró bem do País
Mas p'ra eles tanto faz
Se o Povo tem fome ou se é infeliz
Depois aumentam a luz sempre P'ró bem do País, p'ró bem do País
E os remédios? - ai Jesus!... = = =
E as portagens... catrapuz = = =
E nem sequer pensam na cruz
Dum Povo com fome dum Povo infeliz.
E como já se imagina
Nãe esquecem a gasolina
E por fim aumentam os ordenados... ÓHHHHHHH!
Mas!...mas só os srs deputados P'ró bem do País, Pró bem do País
E o Povo tem que aguentar
Com fome e frio de rachar
E finge ser feliz, finge ser feliz.

Impõem austeridades
E o pvo come sobejos
P'ra pagarem as herdades
Que compram no Alentejo
Que grande pouca vergonha
è sempre a mesma cantiga
E todos com a mesma ronha
Lá vão enchendo a barriga
E o Povo que é sempre o alvo
Dos senhorios de S. Bento
Quando pensa que está salvo
Mais um aumento, mais um aumento. (Em tom forte e em coro) repetido

Com um abraço

Clube da Amizade

Depois das vossas afirmações
Não sei para onde me virar
Se para a esquerda, confusões
Para a direita é de arrepiar

Procuro estar no centro
Se calhar é mais quente
Ao lado da chaminé cá dentro
Que venha por ela um presente

Não percebi essa dos feijões
Já velha com barbatanas
Pensei com os meus botões
Pior é deixar entrar as bananas

Vejo com certa admiração
Vós, peritos em futebol
Duvido da vossa afirmação
Nunca vos vi de cachecol

Mas pondo tudo a limpo
No meio dessas emoções
Vou tentando com afinco
Suster as minhas ilusões

Porque mais tarde ou mais cedo
Aparecem percalços na vida
Que eu confesso ter medo
Duma paixão mal sucedida

Depois, também a idade
Que agora já não perdoa
Vai-nos tirando a faculdade
De pensarmos coisas à toa

Embora vivendo do presente
E não esquecendo o passado
Sou amigo de toda a gente
E assim vivo despreocupado

Claro, gostos não se discutem
Âmagos de tristezas e alegrias
Mas evito que me incutem
Outras diferentes alegorias

Estou chegando ao fim
Que nada disto vos perturbe
Como podereis ver, enfim
Vou dizer-vos o meu Clube:

Tem sete letras apenas
Usa da melhor lealdade
Tem adeptos às centenas
É o Clube da Amizade

Que realiza jogos sem igual
Neste terrestre Globo
Deseja que tenhais um Santo Natal
E um muito próspero Ano Novo!

domingo, 10 de janeiro de 2010

FUTEBÓIS

Ao amigo VERDE

A resposta é previsível,
Mas a pergunta aqui fica.
Meu caro Verde! - como é possível????????
Ser Verde e ser do Benfica!?!?!?

Vê-se que vives tristonho,
Porque a esse clube pertences.
Então, p'ra viveres mais risonho.
Vem p'ró Belenenses, vem p'ró Belenenses, vem p'ró Belenenses.....


Um abraço aos amigos do desporto, mas do puro...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Salve o Dia de Reis!

Chegamos ao mês de Janeiro
Por acaso, hoje é o dia seis
E cito-o por ser verdadeiro
Para lembrar o Dia de Reis

Este dia de que tanto gosto
Costumo sempre festejar
E não sou o único, aposto
E assim hei-de continuar!

Eu que galego não sou
Também espero os Reis
Receber prendas eu vou
Como muito bem sabeis!

Prendas de saúde e alegria
Dinheiro não me faz falta
E do coração desejaria
O mesmo pr'a toda a malta!

E sem mais termino por fim
Com mui apertado abraço
Pedindo um igual pr'a mim
É do coração que o faço!

A Velha Guarda - Marcha da Companhia Nº 2 de Fuzileiros!

(Música: Cheira a Lisboa)

Quem teve a sorte imensa de lutar,
Ao lado destes Grandes companheiros,
Não passa um dia só sem se lembrar,
Da companhia dois de Fuzileiros.

Ó gente, ó minha gente natural,
De elevados sentidos timoneiros,
Ó gente ó minha gente sem igual,
Camaradas e amigos verdadeiros.

E quem é que cultiva a amizade?
A Velha Guarda, A Velha Guarda,
E quem é que despreza a vaidade?
A Velha Guarda, a Velha Guarda,
Gente que honra e honrou sempre a farda,
Defendendo a justeza, a verdade.
Foi assim e é assim A Velha Guarda,
Porque A Velha Guarda não usa a maldade.

Estes Vultos que o tempo enobrece
A Velha Guarda, A Velha Guarda
São amigos que a gente não ‘squece
A Velha Guarda, A Velha Guarda
Fuzileiros que honraram a farda
Com orgulho, respeito e humildade
Foi assim e é assim A Velha Guarda
Porque A Velha Guarda preserva a amizade

E se hoje recordamos com “saudade”,
Momentos que passámos na tormenta,
A cumprir um dever com lealdade,
Recordação que ainda nos alenta.

E ao lembrarmos os nossos lá no céu
Nesta curta mas sentida homenagem
É porque em nós ainda não morreu
A amizade e a camaradagem

E se hoje recordamos os ausentes
Nesta curta mas sentida homenagem
É porque em todos nós estão bem presentes
A AMIZADE E A CAMARADAGEM.


Jordão, Vale de Milhaços, 12-12-2008

Dignos e merecidos jus!

Para quê tanto louvor
Daquilo que, para ler vos pus?
Se tendes poemas de alto valor
Que muito mais são dignos de jus!

Esta minha forma de ser
Não passa duma faceta
Que a alguns leva a crer
Tratar-se de mais um pateta!

Maneiras de passar o tempo
De coisas até sem sentido
Que eu próprio muito lamento
Perdoai-me, porque delas duvido

Deixai apenas que vos diga
Que neste mundo contemporâneo
Alguns vão passando a vida
De tudo fazendo escárnio

Contudo, apraz-me ser teimoso
Mas no meio de tanta intriga
Sei que não sou fabuloso
Para causar dores de barriga

Vou poetizando mal e de fraca rima
Preenchendo o meu vago espaço
Mas trago sempre ao de cima
Vontade naquilo que faço

E, olhando cada esquina
Nesse fixar existe um cansaço
Que, com lágrimas me anima
A mandar-vos um abraço!

É assim a nossa amizade
Que revemos de vez enquanto
Qualquer filho da Escola sabe
Como na Marinha chegamos a tanto!

Se calhar pareço inverbe
Hoje, nesta ponta final
Aceitai um adeus do Verde
E, um viva Portugal!






ocitsórca

Vós, que tudo ledes, com avidez,
E que tanto apreciais os divinos dons.
Reparai!- como é grande o nosso poeta, que Deus fez!...
Deus queira que mantenha sempre a mesma lucidez,
E que continue, porque os seus versos, são sempre bons.

oadroj

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O meu amigo Jordão

Grande de corpo e alma
Possuidor de um terno coração
De pose clarividente e calma
É assim o nosso amigo Jordão!

Ditosa Pátria que tais filhos tem
Laboriosos somos todos nós
Que nesta senda de vai e vem
Somos cópias de pais e avós

E, firmes cá e além mar
Moços de fibra e boa têmpera
Munidos de uma fúria salutar
Que nunca foi efêmera...

Ciosos de fazer mais e melhor
Ir até onde forem capazes
Executando tudo ao pormenor
Eram assim briosos e audazes

Na labuta do combate e acção
Imitando os outrora pioneiros
Escrevendo o nome da Nação
Oh! heróicos Fuzileiros

Usando de uma sã fraternidade
Firme, terna e sem igual
Fomos gerando uma amizade
Escrita com as letras de Portugal...

Mangueiras a postos!

Nesta coisa de mangueiras
Há que tê-las sempre à mão
Para apagar um fogo de asneiras
Em qualquer ocasião


Temos a mangueira do bombeiro
A mangueira do meu irmão
E mesmo a do sucateiro
Também as mangueiras do Gabão


Depois a mangueira do meu primo
Sempre atento às labaredas
E não é que este cretino
Apaga incêndios às mancebas?


Neste trabalho arriscado
Que consiste em apagar o lume
Até o próprio namorado
Por vezes tem ciume...


Quando a labareda é forte
E o bombeiro é um aselha
Tomaram algumas ter a sorte
De pegar numa mangueira velha


Nestas aflições de incêndio
Onde existe demasiado calor
Não era nenhum vilipêndio
Socorrer-se do extintor


Que serviria às maravilhas
No êxtase do ponto-alto
Mas ficariam as virilhas
Com excesso de pó-talco


Estando quase a chegar ao fim
Para que o fogo se extinga
Eu penso cá para mim
Tudo vai acabar em cinza!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Minha Póvoa de mar, sim!


1
PÓVOA FOSTE A CIDADE
MAIS BONITA QUE JÁ VI
TINHA SEIS ANOS D' IDADE
QUANDO EM TEU COLO CAÍ


NOSSAS VIVÊNCIAS UNIDAS
FAZEM UMA LINDA HISTÓRIA
NEM QUE VIVA SETE VIDAS
BAILAR-ME-ÁS NA MEMÓRIA


NA PRAIA A BELEZA INFINDA
DOS TOLDOS DE TONS GARRIDOS
COM O MAR QUE ENCHE AINDA
AS MARÉS DOS MEUS SENTIDOS


O MAR, QUE EM MARÉ-CHEIA
TRAZIA À PRAIA O SARGAÇO
E PUNHA P'LA PÓVOA INTEIRA
O CHEIRO DO SEU REGAÇO


E NA PRAÇA DO ALMADA
AS TÍLIAS PUNHAM EM NÓS
ELOQUÊNCIA INSPIRADA
NO GRANDE EÇA DE QUEIRÓS.


2


DO TORREÃO DA MATRIZ
QUANDO IA TOCAR O SINO
VIA AMORIM MAIS BEIRIZ
QUASE QUE VIA O CASINO


A CONSTRUÇÃO BESTIAL
SÓ DEIXA VER UM NIQUINHO
DO LARGO DO MEU CIDRAL
ONDE TIVE OUTRORA NINHO.


P 'LO ORFEÃO, AINDA CHORA
QUEM TEVE POR ELE AMORES.
FOSSE ELE O QUE É AGORA
ÉRAMOS TODOS DOUTORES


CATORZE ANOS CONTIGO
DEIXEI-TE PARA IR À TROPA
HEI-DE TRAZER-TE COMIGO
DE BRAÇO DADO, CACHOPA


NESTA TERRA ONDE NASCI
CUIDO DOS MEUS E DE MIM
COM O PENSAMENTO EM TI
MINHA PÓVOA DE VARZIM
Nando

Apita o comboio...!

Jovem sentada entre linhas

De baliza toda aberta
Que mesmo sem cuequinhas
Nem sempre se lhe acerta!

Se a ideia é suster o trem
Julgo que a muito se arrisca
Todos sabem muito bem
Que ninguém pára o Benfica!

Da forma que a vejo
Desafia um goleador
Que tendo muito traquejo
Pode ser bom finalizador

Mas, para não sofrer golos
Naquela fórmula aparente
Que se deixe de engodos
Ponha-lhe a rede na frente

Aparenta muita calma
Esta moça estouvada
Vai sentir peso na alma
Ao levar uma goleada

Fecha as pernas rapariga
Isso não é a praia da Caparica
Vai mudando de cantiga
Deixa passar o comboio do Benfica...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Quem tem cu, tem medo!

Quem tem cu tem medo!
Esse tema já não é novo;
Por aquilo que me apercebo
Alastra-se ao corpo todo

Eu hei-de morrer dum tiro
Ou duma faca de ponta
Poderá ser hoje ou amanhã
Com isso já faço conta

Apesar de ter a certeza
Desse acaso deveras mortal
Não vou usar de subtileza
Entregar-me como um animal

Defender-me-ei até aos dentes
Com toda a força que me resta
São assim os homens valentes
Quem da luta abdica não presta

Prefiro sair dessa contenda
Sem angariar muita fama
Receber de Deus uma prenda
E morrer na minha cama

Não quero falar mais da morte
Quando posso saborear a alegria
E esperar que a roda da sorte
Me deixe viver mais um dia!