segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Uma corrida de fundo!



Por causa dos milhões anda o mundo a toa
Deseja Portugal muitos turistas em Lisboa
Perde a juventude o seu dia no Facebook
Enquanto os turistas se passeiam no tuc-tuc
*
Oh, vida malvada que de mim não tens pena
Com os joelhos a doer perco toda essa cena
Fico retido em casa a contas com essa dor
Vingo-me no Facebook que trato com amor
*
A caminho dos cem anos vou com vontade
Aceito toda a ajuda que puderem dar-me
Vou devagarinho, não posso cansar-me
*
A idade me obriga a ter grande atenção
Para garantir que não me falha o coração
Se puder lá chegar, será uma felicidade!

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Juízo nessa mona, oh Vieira!


Hoje não é dia de falar de arroz nem de massa
É dia de chorar as mágoas que a derrota foi grande
De agradecer o apoio da gente que por aqui passa
Merecíeis uma prenda, não tenho por quem a mande

Fomos buscar lã e regressamos tosquiados
A tosa foi grande que nem é bom lembrar
O Rui, eu e todos os outros estamos tramados
Não sabemos como pôr o Benfica a ganhar

Há quem diga que para isso há só uma solução
Ir às Arábias buscar o traidor do Jorge Jesus
Mas isso eu não aceito, gelaria o meu coração
Vou rezar a Esse que morreu pregado na cruz

Rezar pedindo que meta juízo na cabeça de Vieira
Que o faça procurar e encontrar melhor treinador
Trazer de volta o Jesus só pode ser brincadeira
Meu pobre coração não aguentaria assim tanta dor

Há nuvens negras no céu
Às cegas voa a águia Vitória
Debaixo da terra estremeceu
O nosso saudoso Otto Glória!

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Indecisão!

Não sei que diga
Não sei que faça
Optar pelo arroz
Ou talvez massa!


domingo, 7 de outubro de 2018

Liberdade !


Um blog onde pode mostrar a sua poesia
Optar por um duche de água quente ou fria
Escolher amar um homem ou  uma mulher
Em liberdade cada um escolhe o que quer
*
Hoje é domingo, o dia de "fare niente"
É o que faz neste mundo muita gente
No meu caso, sempre gostei de trabalhar
Mas fim de semana é para descansar
*
Quem trabalha também pode fazer greve
Findo o verão vem o frio, a chuva e neve
Só se coça quem tem muita comichão
*
Mas que raio de assunto eu escolhi
Tão mausinho como este nunca vi
Armar em poeta dá um trabalhão!


terça-feira, 2 de outubro de 2018

Pobre de mim!


Que estou tão cansado
Com o esqueleto a doer
À bengala ando arrimado
Mas é melhor que morrer
*
Há muitas coisas boas na vida
Que ainda não experimentei
Mas antes de terminar a corrida
Juro que experimentar tentarei
*
Continuo a perseguir o sonho
Que sonhei quando era criança
Não viver num mundo tristonho
Aprender a bailar a contradança!

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

As caminhadas da vida!


Nesta vida já muito eu caminhei
Já que perguntas vou responder
Não te sei dizer por onde andei
Há sítios que é melhor esquecer
*
Se passares pelo blog dos testes
Alguma pista poderás descobrir
Que um naco de toucinho destes
Faz a vida a um homem sorrir
*
Hoje, já mal posso já caminhar
Agarrado à bengala me desloco
Quem andou não tem p'ra andar
Se tens juízo mantém o teu foco!

sábado, 22 de setembro de 2018

Como o tempo passa!


Podes chamar-lhe o que tu quiseres
O largo, o jardim ou até a praça
Ainda cá andarás se não morreres
Oh, Deus meu, como o tempo passa!
*
Há porco preto no Alentejo
E na política muito sabujo
Eles são muitos e não os vejo
Porque deles tanto eu fujo!
*
Desde Julho até Setembro
Vão dois meses bem contados
Bem ao certo não me lembro
De alguns versos aqui deixados!
*
Hoje é sábado, por isso voltei
Vim cá para matar saudades
Garanto que em vós pensei
E vim cá desejar felicidades!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

És tu a quem eu quero!


Como mulher traída e trocada
Deixei a poesia abandonada
Oh, vida tão cruel
Tão amarga como fel
*
Tanto tempo sem te ver
Estavas quase esquecida
Mas sem ti não posso viver
Anda cá, minha querida
*
Em ti eu posso confiar
És amiga dedicada
Juntos vamos continuar
Não mais serás abandonada !

domingo, 17 de junho de 2018

Futebol total!


Na Rússia há o Mundial de Futebol
Por todo o mundo se fala da bola
Em Portugal há falta de carcanhol
O que nos faz sofrer muito da tola !
*
Ai de mim que estou cansado
Já não aguento tanta emoção
Não sei se corra ou fique sentado
Salta-me no peito o meu coração !
*
Daqui a pouco joga o Brasil
Sinto-me no dever de o apoiar
Vai ganhar, mas não por mil
Um golo a mais dá p'ra ganhar !
*
Força, meu Brasil
Vamos lá cambada
Por um ou por mil
Com Samba ou Lambada !

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Vida de empregada!


Ora, já estamos em Junho
Não tarda começa o verão
Do tamanho de um punho
Vejo maçãs, que belas serão
*
Quando eu lhe ferrar o dente
E sem pensar em mais nada
Sorrir, muito feliz e contente
Desta minha vida regalada
*
Não é sábado, ainda é sexta-feira
Mas eu escrevo quando eu quiser
Cá em casa não há chinfrineira
Criança que chore e nem mulher
*
Assim sendo, estou à vontade
A minha vida é sossegada
Para ser completa a felicidade
Passo a mão (?) na empregada!

terça-feira, 8 de maio de 2018

Só para esconder a Porta da Ravessa!

Mais um corrupto na política
Que tem o nome de Pinho
Eu tenho direito à crítica
E adoro um copo de vinho!

sábado, 5 de maio de 2018

Ao poeta ausente !


Queria dedicar uns versos ao Eduardo
Mas não encontro a rima
Eu rimo com a minha prima
Ele rima com leopardo.
*
Ele tem um problema de visão
E eu tenho um semelhante
Não tem a ver com o coração
Nem coisa que pare num instante
*
São tudo coisas passageiras
É curta a nossa passagem pela Terra
Não vale a pena dizer asneiras
Por coisa pouca fazer uma guerra
*
Espero que se cure e volte depressa
Todos temos sentido a sua falta
Um tinto da Porta da Ravessa
Para celebrar com a malta!

sábado, 14 de abril de 2018

A Prima Vera perdeu-se !

Ora cá temos mais um sábado de Abril
Mas não vim aqui escrever uma poesia
Ultimamente têm caído, aqui, águas mil
Minha mãe é filha única, fiquei sem tia
*
Sem que vocês vêm aqui espreitar
E dói-me a alma vê-los ficar tristes
Por nenhuns versos aqui encontrar
Então, aqui os deixei e vós os vistes!
*
Amanhã é dia grande para qualquer benfiquista
Só quero que corra bem e ninguém me morda
Aquele que ganhar, feliz vai levantar a crista
E para o jantar encomendar uma bela açorda!

sábado, 7 de abril de 2018

Primeiro sábado de Abril !


Onde estava eu, em 1968, no dia 7 de Abril
Não estava aqui, onde passo dias inteiros
Vendo cair as tais águas que dizem ser mil
Estava, creio eu, na Escola de Fuzileiros
*
Acabadinho de chegar de Moçambique
Depois de 5 anos de guerra de guerrilha
Pronto para abraçar vida mais chique
Escolher mulher e planear uma filha
*
Filha tão desejada que ao mundo veio
Poucos meses depois do casamento
Hoje recordo, escrevo e também leio
Memórias que guardo desse momento
*
Muito tempo são cinquenta anos
Suficiente para rir, chorar e sofrer
Viver alegrias, esquecer desenganos
Vida melhor ou pior, preciso é viver
*
Livre de escolher os temas mais diversos
A poesia não é um dos meus pontos fortes
Cansar o bestunto a fazer uns lindos versos
É coisa para me levar a perder os Nortes
*
Culpa minha, a isso vos habituei
E agora não quero ficar mal visto
Se vocês não gostarem, eu avisei
Nunca estudei nem sei nada disto!

domingo, 18 de março de 2018

A Primavera !


Nunca fiz versos à prima Vera
Prima essa que eu não tenho
Mas tenho uma prima Rosa
De todas elas a mais formosa
 Por mim lutou como uma fera
*
A rosa também é uma flor
Com muitos espinhos talvez
Mas é rainha no meu jardim
Na Primavera abre-se para mim
Para mostrar-me o seu amor
*
Fazer versos de improviso
Já viram, não é o meu forte
Eu tento, vou dando um jeito
Mas fazer versos a preceito
Ser um bom poeta é preciso
*
Tenham todos um bom domingo
São os meus votos mais sinceros
Que lindo o sol a brilhar no céu
Vistam-se, saiam, vão p'ró laréu
Está fresco, suor nem um pingo!

sábado, 3 de março de 2018

Já é Março !


Em Março tanto durmo como faço
afirma o povo com muita razão
No Código Morse há ponto e traço
Isso aprendi ao serviço da nação
*
Poesia ao sábado não vos faz mal
Ainda dormem, é dia de descanso
No passeio não esqueçam o bornal
Água, pão e bifinhos de boi manso
*
Boi bravo, touro, só na tourada
Festa rija que querem proibir
A mim isso não interessa nada
À festa dos touros não penso ir
*
E com isto vou terminar
Já disse muita bobagem
Receio que possa passar
De mim uma má imagem !

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Último de Fevereiro !


Ai que rico dia
Que linda madrugada
Cinco mil reis na algibeira
E a pita consolada
*
Cantava a Luzia peixeira
Indo a caminho da praça
Ao acordar, brincadeira
De outro jeito não tem graça
*
Na cama ficou regalado
O malandro do marido
Está teso, come fiado
Tem o futuro garantido
*
E a pobre da Luzia
À boca cheia o diz
Vai vivendo o dia a dia
E assim se sente feliz !

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Sábado - 17 de Fevereiro !

Deus meu, já é sábado outra vez
Já passou o dia dos namorados
Do 14 até hoje, dias foram três
E nós todos muito zangados
*
Isso, porque os políticos são uns mentirosos
Falam, falam e no fim nada se aproveita
Com atenção ouço o que dizem esses ranhosos
Da esquerda ou direita é tudo a mesma seita
*
Fazem leis que ninguém quer cumprir
A quem aproveita então o seu trabalho
Estou cansado de tanto os ouvir
Água a ferver, pão, azeite e alho
*
Aquilo que acabei de escrever
Para evitar dizer uma asneira
Se já sabem o que queria dizer
Pensamos da mesma maneira
*
Mas aproveitando a receita
Daquela açorda alentejana
Bem temperada e bem feita
Tão bom, até a barraca abana

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Sábado - 10 de Fevereiro !


Não foi por acaso que aqui vim parar
É sábado e tenho tempo de sobra
Tempo que não posso desperdiçar
Esse mesmo que pode dar boa obra
*
 Uma obra boa é escrever
Usando a minha inspiração
Versos para alguém ler
Esteja aqui ou no Japão
*
O mundo é enorme
A internet é imensa
De noite tudo dorme
Acordado é que pensa
*
E como já vos disse tudo
Nada mais tenho p'ra dizer
Fico aqui quedo e mudo
Até algum de vós aparecer !

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Sábado, 3 de Fevereiro !


Não há sábado sem sol
Nem domingo sem missa
Ou Banco sem carcanhol
E boa sandes sem chouriça
*
Só vejo grandes nuvens no céu
Não tem o sol por onde espreitar
Posso armar um grande escarcéu
Que as coisas não vão mudar
*
Mas o dia é ainda uma criança
E certezas ninguém pode ter
No relógio o ponteiro avança
E o sol pode ainda aparecer
*
A título de informação
Aqui já caiu um pingo
Posso dizer-vos também
Após o sábado é domingo ! 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Errar é humano !


Tenho que reconhecer
que errar é humano
o que ontem me vieram dizer
soube, hoje, que foi por engano
*
Não morreu um fuzileiro
e eu digo, antes assim
morreu o primo primeiro
que também se chamava assim
*
O post anterior poderia eliminar
mas ficaria um problema por resolver
na memória de quem leu iria ficar
aquilo que ontem me deu para escrever
Morreu o Octávio Aguiar
Octávio Aguiar vivo está
dois primos para recordar
o que foi e o que ficou cá

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Toque a finados !


O sino da minha aldeia
No alto da torre o vejo
Ouço-o tocar volta e meia
Ao lanche há pão e queijo
*
Enquanto andar por cá
Sempre o ouvirei tocar
Quando para o lado de lá
For alguém sem avisar
*
A última vez que o ouvi
Foi ainda esta manhã
E de repente eu senti
Vinha aí notícia má
*
A verdade estou falando
Porque eu sou verdadeiro
O sino estava avisando
Que morreu um fuzileiro
*
Era mais moderno que eu
Da escola do Querido
Já não conta, pois morreu
Pronto será esquecido
*
Estudou, na Armada foi alistado
E para Angola foi fazer a guerra
Depois, na Suécia esteve emigrado
E amanhã vai para debaixo da terra !

domingo, 21 de janeiro de 2018

Cá estou eu de volta !


Porque hoje é domingo, tlim, tlão
Tocam os sinos da minha igreja
A todos vos eu trago no coração
E que esquecido ninguém seja !