quarta-feira, 28 de julho de 2010

APELO A SANTO ANTÓNIO


Meu rico Santo António
Meu santinho Milagreiro
Vê se levas o Zé Sócrates
P'ra junto do Sá Carneiro

Se puderes faz um esforço
Porque o caminho é penoso
Aproveita a viagem
E leva o Durão Barroso

Para que tudo corra bem
E porque a viagem entristece
Faz uma limpeza geral
E leva também o PS

Para que não fiquem a rir-se
Os senhores do PSD
Mete-os no mesmo carro
Juntamente com os do PCP

Porque a viagem é cara
E é preciso cultivar as hortas
Para rentabilizar o percurso
Não deixes cá o Paulo Portas

Para ficar tudo limpo
E purificar bem a cousa
Arranja um cantinho
E leva o Jerónimo de Sousa

Como estamos em democracia
Embora não pareça às vezes
Aproveita o transporte
E leva também o Menezes

Se puderes faz esse jeito
Em Maio, mês da maçã
A temperatura está a preceito
Não te esqueças do Louçã

Todos eles são matreiros
E vivem à base de golpes
Faz lá mais um favorzinho
E leva o Santana Lopes

Isto chegou a tal ponto
E vão as coisas tão mal
Que só varrendo esta gente
Se salvará Portugal

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Oh Zé, aperta o cinto!

Graça a miséria no meu país
É isso mesmo que eu sinto
Agora faz como eu fiz
Oh Zé, aperta o cinto

A fome já é demais
Neste triste labirinto
De tantas coisas abismais
Oh Zé, aperta o cinto

Será por obra do diabo
Para beber um copo de tinto
Eu já não tenho chavo
Oh Zé, aperta o cinto

Vou apertar mais um furo
É verdade, não minto
Estou pior que maduro
Oh Zé, aperta o cinto

Do ordenado do Sócrates
O meu não chega a um quinto
Diz que estão felizes os pobres
Oh Zé, aperta o cinto

O ministro das finanças
Só tem moedas de zinco
Ele, mata as nossas esperanças
Oh Zé, aperta o cinto

O senhor primeiro ministro
Jura e promete com afinco
Mas nós temos cá disto
Oh Zé, aperta o cinto

Nesta moda do aperta
Que põe a gente raquítico
O governo não acerta
Oh Zé, aperta o cinto

Já se acabaram os furos
Que já são mais de cinco
Era encher-te a cara de murros
Oh Zé, aperta o cinto

De barriga tão franzina
Da fome, dos furos que finto
Para alguns é uma mina
Oh Zé, aperta o cinto...

Cinto de tristeza afivelada
Cujos furos têm verdete
Tanta criatura enganada
A quem enfiaram o barrete...

Eu canto aquilo que sinto
Eu choro porque não minto
Eu amo quem é faminto
Eu também aperto o cinto...

Futebol mafioso!

O negócio da bola é uma MERDA que alimenta:

  M-MAGNATAS de negócios chorudos
  E-ELOGIA o sensacionalismo não merecido
  R-RAPA o dinheiro aos incautos
  D-Dá desgostos aos adeptos dos clubes que perdem
  A-ALIMENTA a ilusão de que é desporto, quando é só negócio.

I
Já lá vai tempo que era puro...
O futebol de outrora!
Agora tudo vale até o murro...
É Ilusório ao aceitá-lo como burro;
Porque já não há amor à camisola
II
Onde está a prata da casa...
Composta com Sangue Lusitano!?
Importa sim, é fazer muita massa,
Neste negócio que nos devassa...
Em vez do puro desporto sano!
III
Vejam só o imbróglio que grassa...
Pelo mundo da praça da negociata!?
Procurando quem lhes traga muita massa...
Comprar e vender; é na ordem do dia, uma caça;
Feita pelos mafiosos duma pura mas maldita raça...!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Comentando: "O Cheque-bebé"

Para se fazerem meninos
Não é para um qualquer
Até há jogadores, finos
Compram barrigas de aluguer

Gerar filhos por dinheiro
Vem de pessoas astutas
Fazer do corpo um pandeiro
Quem o aluga são as putas

Está muito caro o negócio
Pagar duzentos por queca!
Se calhar é melhor ser sócio
Da campanha Socratesca

O conselho não será o melhor
Mas, nos casamentos modernos
Paneleiros, lésbicas e pior
É disso que também cá temos

Desses não se geram crianças
Não são precisos cheques ou abonos
Ri-se o ministro das finanças;
Haverá também menos cornos?

Triste sina, triste fado
Não saber quem é o macho
Ou a fêmea, que em qualquer lado
Trocam de sexo por um tacho!
Do Blog «Pescador/Marinheiro»

sábado, 17 de julho de 2010

Comentando: Só faltava cá mesmo um poeta!

Blog/Pesc/Mar

Poetas... há muitos
Mas bons, são poucos
Cada um puxa pelos trunfos
Neste mundo de loucos

E, se com a sua poesia
Conseguir chegar à meta
Deste idiota em demasia
Já valeu ser poeta

Oh povo, não sejamos anedotas
Porque eles enchem o bornal
Fingem que são patriotas
E... desgraçam Portugal...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Comentando: Resposta à maneira...

Existem velhos com talento
Com respostas à medida
Que arranjam num momento
Uma história bem sabida

Apesar de muita idade
Vivem de cabeça erguida
Mostram na realidade
O que aprenderam na vida

Os anos formam uma escola
Que os tornou eruditos
Onde a craveira e bitola
Fez deles mais expeditos

Olha que eles às tantas
Podem-te deixar à míngua
Porque saem das suas gargantas
Respostas na ponta da língua...

domingo, 11 de julho de 2010

Comentando: A Água, segundo Bocage...

Na água existe uma torrente
Que às vezes é mais forte
Por isso, age toda a gente
À procura de mais sorte

Que vinda doutra vertente
Do poema, como age
Tem uma rima valente
Na ousadia do Bocage

Não se redime, assaz
Em tudo quanto afirma
Do melhor é ele capaz
Ao alastrar a sua rima

Poeta sagaz, pejorativo
Nos seus poemas de raiz
Tem graça! É objectivo!
Em tudo aquilo que diz

São imensos seus poemas
De variações e ideias tais
Aliás, quase em todos os lemas
Até... vai longe demais...

A Água (segundo Bocage)!

Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da rasca
tira o cheiro a bacalhau da lasca
que bebe o homem que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão.

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho.

Meus senhores aqui está a água
que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Comentando: Filosofia do cagalhoto... - BlogPescMar -

Se, falando de merda
Surge aquele que não gosta
Tal como, comendo erva
Tudo acaba em bosta

A merda é uma riqueza
Mas todos fogem dela
Até a mais bela pureza
Por dentro, não vive sem ela

Metê-la nos bolsos, esquisito
Tapam o nariz do mau cheiro
Se calhar não foi bonito
Mas circulou no corpo primeiro

É ditado destas gentes
Já dizia a minha avó:
Primeiro, passa pelos dentes
Antes de fazer-se cócó

Se o verbo é cagar
Que mania do calão!?
Quer digam cócó ou defecar
Vai tudo dar em cagão

Neste mundo traiçoeiro
Onde ninguém quer a caca
Vivemos nesse atoleiro
Fugindo da merda à socapa

Cagando do cimo dum muro
Ficando com o cu à espreita
Cagalhão mole ou duro
Bate em baixo é merda desfeita

Se cagar fosse bonito
Tornar-se-ia em boas obras
Traríamos de qualquer sítio
Nos sapatos, meias-solas

Pûs-me a cagar às escuras
Para ninguém me ver o cu
Estava olhando as minhas curvas
Quando reparei estavas lá tu

Se valesse dinheiro, quem caga
Meio mundo estava rico
Mas o cagar não vale nada
Eu sou pobre e pobre fico...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Poema da Mente

Há um Primeiro-Ministro que mente,
> Mente de corpo e alma, completa/mente.
> E de modo tão pungente, natural/mente
> Que a gente acha que ele, mente sincera/mente,
> Mas que mente, sobretudo, impune/mente...
> Indecente/mente.
> E mente tão habitual/mente,
> Que acha que, pela história fora, enquanto mente,
> Nos vai enganar eterna/mente...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Comentando: "As Chorudas Reformas"

Para uns a "massa" é demais
Para outros é de muito menos
Estamos entregues aos pardais
É este o Portugal que temos...

Por estas e tantas outras formas
Não conseguimos nivelar a economia
E Portugal com estas normas
Vai enterrando a Democracia

Não tenho nada contra ninguém
Mas tudo isto espelha a verdade
Uns vivem num lauto harém
Outros são eunucos da sociedade

Vejam, Senhores Governantes
Esta corrente e malvada cena
Há pobres piores que dantes
E deles, vós não tendes pena?

Estendem a mão trémula na rua
Pedem esmola a quem passa
Vós fartos e cheios, fazeis gazua
Não quereis ver tal desgraça

Neste mundo de contradições
Não se ouve o lamento das mães
Morrem os filhos, soçobram as nações
Vós haveis de morrer como cães!

Comentando: "O Sonho de Sócrates"

Porque dizer teso ou entesado
Parecem ser atributos iguais
Na mentira foi sempre ousado
Mas agora já é demais

Sonhos que o põem muito pobre
De coisas que não eram suas
Mão que rouba, torna-se podre
Ele vai fanando com as duas

Há quem não durma com remorsos
Já é velho este ditado:
Depois de encherem os bolsos
Estão a contas com o diabo!