segunda-feira, 28 de março de 2011

Vinhos: Cabeça de Burro, branco e tinto...












Quando me sentei à mesa
Não fazia a menor ideia
Que ao servir-me com gentileza
Me trouxeram um bela ceia

Comi até não poder mais
Ficou a abarrotar a minha pança
Na linda terra de Vinhais
Muito perto de Bragança

Vinho: tinto ou branco?
De preferência, maduro;
Mas para meu espanto
Desconhecia o Cabeça de Burro!

Existe cada baptismo, invulgar
Que não escapam ao ateu
Depois de comer e pagar
O cabeça de burro, sou eu

Lá que o vinho era bom
E, se dúvidas houvesse
À beira do garrafão
Cada vez, mais apetece

O pior, é segurar o burro
Que só anda aos pinotes!
Mas, se o vinho era maduro
Como causa tais desnortes?

Por fim, pude confirmar
Deve-se beber com calma;
É que o vinho, se calhar
Dá-nos cabo da alma

Saí de canto em esquina
Cada passo, cada tropeço
Soube que , depois da vindima
O "burro" precisa de cabresto

Levado de empurrão, ao colo
Bêbado, meteram-me na cama
Porque esta de beber mais um golo
Não nos livra da fama

Burros de rédea solta
Que formam uma manada
Sentem-se à nossa volta
Cabeças de burro de cara inchada

Para outra vez, evito beber demais
Porque me faz andar a trote
Correndo leiras e quintais
Chegando a casa a galope...

TIC

Geração do à rasca e também do panasca...

Na manifestação do à rasca
Ali junta da Rotunda
Depois daquela borrasca
Ninguém quis a minha bunda

Apesar de ser honesto
Naquela grande confusão
Dar o corpo ao manifesto
Era a minha grande paixão

Mas, como tudo na vida
Nada protege os panascas
Tornou-se numa falsa partida
Esta meta dos arrascas

Procurei por todos os cantos
Esbracejei como um safado
Torci o corpo em relâmpagos
Mas não deu resultado

Não havia militares
A farda desapareceu
Para o azar dos azares
Outros, pescavam como eu...

Esta Lisboa de outrora
De fartura, deu em crise
Procura, parece que agora
Já não há quem precise?

Dos arrascas, caramba
Não colhi nada de sonho
Do Parque Duarte VII, sem desalma
Até ao Conde Redondo

Fui até à Assembleia
O Decreto saiu ali, aprovado
Mas, levar no cú, que ideia
Começa a ficar muito caro

Há muitos com essa veia
Mas é preciso ser deputado
Fora disso, a coisa pouco rabeia
Passa a ser complicado

Onde é que eu ouvi disto?
Repugna-me esse falhanço
Porque, qualquer ministro
Concorda com o balanço

Conclui, que são mais os paneleiros
Que a gente que se diz honesta
Então, sem olhar a terceiros
Entram todos na mesma festa

E, isto não tem fim, nem termo
Cada vez, alastra-se para pior;
Mesmo dentro do governo:
Quem será o homossexual maior?

Vim embora desconsolado
Mas vou manter-me sempre cortez;
Vou lavar o cú e perfumá-lo
Para ter mais sorte  noutra vez...

Estou velho, pouco valho
É fraca a minha carcaça;
Porque, também do meu rabo
Ninguém o quer, nem de graça...

TIC

domingo, 27 de março de 2011

A Tropa Fandanga!

0
Com a crise que galopa 
O dinheiro não abunda 
Mal fica a nossa tropa 
Sem poder tapar a bunda 
02 
Se não há nuvens no céu 
E o frio é comedido 
Deixa-se o corpo ao léu 
E está tudo resolvido 
03 
Pode usar-se o fato-macaco 
Aquele com que nascemos 
Que não custa um pataco 
E assim já pouparemos 
04 
Sem roupa ou nu em pelo 
Os trapos não fazem falta 
E mostrando o corpo belo 
Por certo anima a malta 
05 
Que mais posso dizer 
Nesta triste situação 
Eu pagava para não ver 
Assim a minha Nação 
06 
Miséria que traz alegria 
Com tanta chicha à vista 
E a mim mui feliz me faria 
Passar esta tropa em revista 
07 
Corpo quente, corpo que sua 
Mas eu só sinto calafrios 
Ao ver tanta carne nua 
Fico cheio de arrepios 
08 
Capacetes devem usar 
Para as cabeças proteger 
E do corpinho bem tratar 
Antes de adormecer 
09 
Corpos sadios, livres e belos 
E eu aqui pronto p’ra luta 
Pele macia, ricos marmelos 
Fico louco com tanta fruta 
10 
Com boné ou em cabelo 
Elas são sempre as maiores 
Vestidas ou nuas em pelo 
Fazem-nos subir os calores 
11 
O país está de tanga 
É a crise internacional 
Viva a tropa fandanga 
Do Exército de Portugal!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia!

Coisa muito especial se celebra neste dia
E por tal razão não poderia ficar calado
Refiro-me ao «Dia Mundial da Poesia»
Que deve também por vós ser celebrado!