quinta-feira, 25 de março de 2010

Comentando: Portugal é o Maior!

Então, Portugal é o maior!
Temos ladrões para dar e vender
Emprestá-los seria pior
Eles podem não querer

Parece estranho, mas é verdade
Que em momentos oportunos
Para roubar a sociedade
Surgem sempre os gatunos

Não há máquina capaz
E, nem mesmo a inteligência
Que derrube o gatuno audaz
E diminua a sua "competência"

Parece que está na moda
Lançam mesmo o desafio
Puxam até de pistola
Porque roubar é um brio

O Ministro da Administração Interna
Diz que Portugal é pouco criminoso
Precisa de usar uma lanterna
De óculos, não é tão minucioso

Se não há crimes, então
Mas assalta-se tudo...e bancos
Haja pois canonização
Portugal está cheio de santos

Que não cabem na Igreja
Arranje-se outro local
Serve até a assembleia
Do nosso Portugal

Coloquem-nos no Cristo-Rei
Ou na Torre de Belém
No Castelo de S. Jorge, eu sei
Se calhar ficariam bem

Porém, ainda doutro modo
Atirem com eles ao rio
Cessaria o incómodo
E, dava menos feitio

Ou aproveite-se o momento
Para beatificar essa zurrapa
Seria um belo procedimento
Com a visita do Papa...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Comentando: "sois os maiores" do Leiria!

Se alguém te julgava perdido
Esse consenso não era geral
Porque enquanto se está vivo
Vai-se dando algum sinal

Sobressai nesse teu título
Palavras com expressão rica
Pois também neste capítulo
És elemento da mesma equipa

Vós "sois os maiores", clamas
Ferve no teu peito o mesmo ideal
Que em alturas piores, as chamas
Ardem com saudades de Portugal...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Amigos, deixai-me sonhar...

A idade vai passando
Os dias correm a voar
Eu vou calcorreando
Com passos lentos, devagar
Longe da costumada pachorra
Dos meus versos a rimar
Porque a vida é uma porra
Por isso, deixai-me sonhar...
Deito-me tarde
Acordo cedo
Mal se nota a aurora
Pouco durmo, tenho medo
Foi-se a mocidade
E, esta velhice d'agora
Não me dá tempo p'ra desforra...
Porque, sendo Verde
Sinal de esperança
De saciar a sede
Surge pois a confiança
Esperança é minha esposa
Existe essa coincidência
Porque nos versos ou na prosa
Sai da minha inteligência
A vontade de lutar
Pela minha sobrevivência
Por isso, deixai-me sonhar...
E, hoje, Dia do Pai
Lembrando a sua tenacidade
Da força dos seus braços
Da ideia não me sai
Aquele colosso de bondade
Para vós Pais, para ti, Pai
Eternos e saudosos abraços
Pois, nunca é demais clamar
Tenho saudade dos seus tratos
Amigos, deixai-me sonhar...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ai… os meus PEC…ados!

Nesta questão do PEC

Quantas vezes podem pecar?

Serão apenas sete

Ou tantas, que se calhar

Mais que setenta vezes sete

Nem darão para contar!

E, assim continua o frete

Nesta fraca legislatura

Correndo para a retrete

Com enorme soltura

Mas, falemos português

Dizendo doutra maneira

Ninguém pode ser cortês

Com tamanha caganeira

Na retrete, lugar solitário

Onde a vaidade se apaga

Faz força qualquer ordinário

E, todo o forte se caga!

Assim, vai Portugal

A cagar, são todos valentes

Carregados com impostos

Ficam com a merda nos dentes

Alguns sempre bem-dispostos

Satisfeitos, radiantes e contentes

O Governo, deita carga para cima

O burro ainda mais se arca

Eles fazem a vindima

Nós bebemos a zurrapa

Até brindam com um “Porto”

Que perde nos “Campeões”

Com gosto ou desgosto

Vamos ficando sem os tostões!

Triste fado, que dá azia

Em vez de maré cheia

Temos maré vazia

Haja alguém com ideia

Para trazer boa maresia

Nesta praia abandonada

Deste Portugal sisudo

Sem onda de cortesia

Eles comem tudo

Não deixam nada…

Coitados dos pobres

Apesar de seus esforços

Fica tudo para os nobres

Que nem deixam os ossos…

terça-feira, 9 de março de 2010

My Dear Friend twenty-nine or Carlos Manuel!

Congratulations dear friend,
another year has passed,
my birthday is not punishment,
is a sign that we lasted.

For our friendship, a hug,

Green

Parabéns, amigo Tintinaine!

Fazer anos é normal
E tem uma certa graça
A gente nunca fica igual
Em cada ano que passa

Vão-se os cabelos e dentes
Mas ficam sempre as rugas
Não se rompem os pentes
Para isto não há fugas

Belos tempos já passaste
Oh saudosa mocidade
Vês agora o que pisaste
Para chegar a essa idade

E, devagar, devagarinho
Com um pouco de coragem
Vamos preparando o caminho
E também a nossa bagagem

Porque chegando a altura
Sabes, ninguém cá fica
Vai qualquer criatura
Mesmo de gente rica

Não penses nisso agora
Em dia de parabéns
Arranja mais pachorra
Para festejar os que tens

Parabéns e um forte abraço
Tão forte quanto a amizade
Bebe à tua saúde um bagaço
Pela tua linda idade...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Violaram uma cabra... em Moçambique!

Apareceram dois moços novos
E a cabra a cheirar a catinga
Misturaram animais com povos
Depois, pimba, pimba!
Não fiquem admirados
Que aqui em Portugal
Há alguns desalmados
Capazes de fazer igual
Com nova lei de casamentos
Ousam levar vestidos brancos
Casam cabras com jumentos
Parecem cordeiros mansos
Assim estes cavalgaduras
Com alianças nos dedos
Nos pés umas ferraduras
Umas clinas nos cabelos
Não restam dúvidas amigos
Quanto à lua-de-mel
Porque os papa-figos
Encontram-se por cá a granel
Portanto, nada de estranhar
Do casamento de cabras e cabrões
O registo civil está a funcionar
Anda tudo aos trambolhões
Houve até uma pulga
Que casou com um piolho
Quem casa não julga
O gajo era zarolho
Querem fazer matrimónio
Da esquerda com a direita
Sendo assim, arre demónio!
Que a coisa não se ajeita
A esquerda já era torta
A direita torta fica
Mas isso pouco importa
É um casar à rica!
Parece inquestionável
Que não morram de amores
Mas o que é mais palpável
São um bando de estupores
Para acabar com a "ressaca"
Em tom de brincadeira
Estão correndo papéis duma vaca
Para não ficar solteira!