quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A Ponte!

Ponte... que és passagem

Que encurtas distâncias
És também a mensagem
Para novas esperanças!


Ponte... novo caminho
Para outro horizonte
És também um pergaminho
De hoje e não de ontem!


Ponte...que levas amizade
Aquém e além do rio
Mas também deixas saudade
Se inverteres o teu feitio


Ponte... de amor
Ponte... de carinho
Ponte... de louvor
Se não deixares ninguém sozinho


Ponte... da desgraça
Que unes duas margens de terra
Onde morreram numa barcaça
Os nossos colegas de guerra!


Ponte...quem diria
Inaugurada na euforia de alvoroço
Se fosses ponte naquele dia
Evitavas tanto desgosto...


Ponte...das omissões
Dos governantes de então
Ponte... dos mil perdões
Destes governantes sem perdão


Ponte... de famílias
Ponte... de namoradas
Ponte... de noivas aflitas
Ponte ... das esposas malfadadas


Ponte de jovens militares
Ponte de tantos gritos e ais
Ponte... de familiares
Ponte... de órfãos e de pais


Ponte... de tanta agonia
Ponte daquele rio infernal...
Zambeze na tua fúria desabrida
Enlutaste o nosso Portugal

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ano Velho, Ano Novo!

Ano velho, Ano Novo
Mas que grande chatice
Todos querem o que é novo
Do velho qualquer um desiste

Se pensarmos um bocadinho
O que não é mau de todo
Só chega a velhinho
Quem não morreu em novo

Nestas simples comparações
Que são verdades reais
Estão acima de quaisquer questões
São os velhos que duram mais!

Toda a gente gosta de ser nova
Mas mesmo sem o querer
Também caminham para a cova
E, não há retroceder...

Custa bastante a engolir
Pelo menos aos mais aflitos
De nada vale retorquir
Tão pouco, valem os gritos

Que a terra da tumba do cemitério
Coma o corpo que já nada vale
Que Deus tenha o doce critério
De aproveitar o valor da alma real

Pode ser-se muito rico
Ou pessoa bastante fixe
Mas a sensação com que fico
É que passam todos pelo esquife

Nem os que são embalsamados
Ficam isentos deste cerimonial
Assim como os cremados
Morrem todos por igual

De morrer ninguém se livra
É assim a negra trajectória
Que nem uma placa alusiva
Atenua o peso da nossa memória

Com o Ano Velho é diferente
Surge logo outro Ano Novo
Quase igual e insuficiente
Para colmatar as carências do nosso povo

Com governos malabaristas
De promessas estamos fartos
São fracos economistas
De efeitos bastante nefastos

Chegar ao fim do ano
Com sequência sempre igual
São pinturas no mesmo pano
Assim continua Portugal...

Continuamos na mesma sina
Sempre a castigar o povo
Muitos na mó de baixo , poucos na mó de cima
Assim será o próximo Ano Novo!

Neste contexto de Boas Festas
Haja novo vento e boas marés
Que todos saibam quem são as bestas
Neste Portugal de lés-a lés

Que no mundo haja muito amor
E que ninguém seja um estorvo
Que todos sintam o esplendor
De um Próspero e Melhor Ano Novo!

Com os meus braços abertos
De coração sentimental
Quero mostrar-vos os meus afectos
Eu queria abraçar em Paz
Todo o nosso Portugal
Será que eu sou capaz?
De vos transmitir este amor profundo
E num impulso audaz
Abraçar a todo o Mundo!



Happy New Year !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


terça-feira, 29 de dezembro de 2009

À Companhia 2 de Fuzileiros - 1962/1965 - Moçambique

Levanta-te, ó Mãe sublime, ó musa minha,
Saúdam-te, os teus filhos, gloriosamente.
Ei-los, a teus pés, garbosamente,
Prestando preito, ao teu passado, ó Mãe velhinha.

Seja onde for que estivermos,
E sem nada, nada, temermos,
Diremos, não!... – Rostos erguidos...
Lembrando sempre, enquanto pudermos,
Aos que teimam em esquecer-nos,
Que não queremos ser esquecidos.

Nunca usurpámos Glórias,
Nem procurámos Brilhar,
Nunca clamámos Vitória,
Mas o nosso lugar na História,
Ninguém...Ninguém o pode Contestar.
Ninguém no-lo pode roubar!

Queremos apenas lembrar que fomos nós.
Lembramos apenas que fomos nós.
É porque fomos nós...
Sim, fomos nós…
Fomos nós os pioneiros,
Nós, a Companhia 2 de Fuzileiros,
Mancebos corajosos voluntários aventureiros,
Que guiados por idóneos veteranos timoneiros,
De forma corajosa e soberana,
Fomos nós Os primeiros Fuzileiros,
Que pisaram as terras do Gungunhana.

E foram ainda alguns de vós,
Expeditos, altaneiros,
O primeiro PUNHADO de Fuzileiros,
Que mergulhados nas brenhas do Niassa,
Enfrentando corajosamente a ameaça,
Com tenacidade, e uma perseverança puritana!...
Pôs em relevo o cunho da nossa raça,
Desta heróica raça Lusitana.
Deixámos em ti, Moçambique, diluídos,
Retalhos dispersos da nossa conturbada, juventude,
Deixámos amores, deixámos amigos, erros e virtudes
E os nossos sonhos, de liberdade, desvanecidos.

Mas hoje ainda ressoa dentro de nós,
Sempre com a mesma ternura,
Essa tua; tão suave e amena voz,
Que teimosamente em nós perdura.

E ternamente, como Mãe a embalar,
Todos os dias nos faz relembrar;
As tuas terras, os teus costumes esse teu mar!...
A humildade da tua gente, que não esquecemos.
São coisas simples, são coisas belas, que ao recordar,
Nos fazem reviver, os dias felizes, que em ti vivemos.

Por isso, deixa, MEU IRMÃO NEGRO, que eu te dedique,
Estas palavras, de todos nós, teus companheiros,
Viv’à Machava! – Viva Lourenço Marques! – Viva Moçambique!
E VIVA ETERNAMENTE A COMPANHIA 2 DE FUZILEIROS...

Jordão: Um dos teus filhos...

Adeus 2009!

Vai-te embora velho ano
Que saudades não deixas
Que até ao cair do pano
De ti só tenho queixas

Pedi-te o Euromilhões
Trouxeste-me desilusão
Vais sair aos empurrões
Quer tu gostes ou não

Venham todos ajudar
A pôr o velho pr'a fora
Que o novo está a chegar
E este não se vai embora

2010 está espreitando
Lá dos lados do oriente
E nós todos desejando
Sorte para toda a gente!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal

P’ra que são tantos festejos
Sem haver fraternidade
E se formulam desejos
Vazios de sinceridade?...

P’ra que são tantos presentes
P’ra celebrar o momento
Se ficarmos indiferentes
Ao Divino ensinamento?!...

P’ra que são tantos cartões
Que se trocam afinal?
Sem brotar dos corações
A mensagem do Natal!...

O verdadeiro Natal
No seu fraterno sentido
Não deve ser teatral
Mas irmãmente vivido.

Não importa a raça ou cor
Ser humilde ou importante
Se houver cristalino amor
Pelo nosso semelhante…

O Natal não é apenas
Só o dar e receber
De meras coisas terrenas
Num opulento exceder.

O Natal traz simplesmente
Uma MENSAGEM maior…
Natal é a transcendente
Celebração do AMOR!...

In "Euclides Cavaco"

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Negra Amargura

Neste mundo conturbado
Oxalá fosse um Paraíso
Quanto a mim, coitado
Sei lá do que preciso

Uma coisa tenho em mente
Como um sonho malabarista
Dar-me bem com toda a gente
Possuir um coração altruísta

E, nestes dias festivos
Que unem mais a família
Ficamos mais pensativos
No âmago da nossa vida

Por mais que abramos os braços
Não abarcamos todos os elementos
No peito sentem-se os traços
No coração os sentimentos

Que são fonte de ternura
Locomotivas de emoção
Outros sentem negra amargura
Ninguém lhes dá a mão

Embora tenham esperança
Na magia e no amor
Por vezes perdem a confiança
Desesperam com a dor

Que esta quadra Natalícia
Seja para todos sem igual
Usando a forma característica
Desejo-vos um Santo Natal!

A Pátria!

Bem hajas meu caro Artur,
Pela maneira como vês
A nossa Pátria. E que em ti perdure
Essa paixão. - E que te assegure -
A dignidade de ser PORTUGUÊS.

Eu, por mim, como se diz...
Critico, critico, critico, mas no fundo.
- Por ser PORTUGÛES sou feliz -
E não troco o meu País
Por nenhum outro do mundo

Negócios de Borracho!

1.
Certa vez no S. Martinho
Com a fartura do vinho
Mau negócio que eu "fez"
Comprei Vaca, saiu boi
Tive de lá voltar outra vez
2.
Quando lá á Feira cheguei
Logo com o mesmo Senhor dei
Logo um grande burburinho
Agarrei-o logo pelo pescoço
Mas tem paciência moço
São coisas do S.Martinho
3.
Desfiz então o engano
Com esse mesmo Fulano
Que se chamava Ventura
Deixamos de andar á rasca
E voltamos para a Tasca
Beber mais e á fartura
4.
Eram copos e mais copos
Já sorriam os cachopos
De ver nossas posições
Tanto eu como o Ventura
Com a fralda á dependura
Mas que par de borrachões
5.
Começa a haver sarilhos
Com a força dos quartilhos
Embora muito mal medidos
Mas nisto oiço uma voz
Que veio bem até nós
Estes dois estão perdidos
6.
Já de fraca catadura
Despedi-me do Ventura
E saí ao Zig-Zag
De repente vem um murro
Oiço dizer está seguro
Não vai daqui sem que pague
7.
Tinha deixado a Vaca
Preza a uma estaca
A um cantinho da Feira
Mas o raio da canalha
Que nessa Feira não falha
Também fez sua brincadeira
8.
Agora que vejo eu
Ó meu Santo Deus do Céu
Mas que grande desalento
A minha linda vaquinha
Não está lá coitadinha
Mas sim um velho Jumento
9.
Tentei pôr tudo em cacos
Mas apanhei dois sopapos
E eu com minha razão
Alguém disse cena feia
É metê-lo na cadeia
Esse grande borrachão
10.
Com a cabeça toldada
Não esperei por mais nada
Tratei foi de vir-me embora
E quando de regresso sózinho
Quantas vezes pelo caminho
Vi chegada a minha hora
11.
É feio ser-se borracho
Mas é defeito que acho
Agora com mais juizo
Ser alegre e sorridente
Que o seja toda a gente
Borracho não é preciso.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Poema de Natal

É Natal, é Natal!
Repicam os sinos da Igreja
E em tudo se faz luz
Deus desceu à minha aldeia
Está no Presépio, é Jesus

No céu, uma claridade fugaz
Ao longe surge uma estrela
E a mensagem que ela traz
Todos, todos querem vê-la

Nasceu o Deus Menino
Que milagre tão fecundo
Veio trazer-nos a paz
Dar novo alento ao Mundo!

Correm as crianças
Querem ver mais além
Mas que lindo menino
Entre o Pai e da Mãe

É Natal, é obra de Deus!
Com humildade, sem altivez
E como veremos depois
Passou a ser amor a três
O que era apenas a dois

Foi ele quem nos criou
Para nos dar, ainda tem tanto
Porque muito nos amou
É assim o amor, do Senhor
Divino Espírito Santo!

Três pessoas distintas
Como aprendemos, afinal
É a Santíssima Trindade
É a Natividade, é Natal

As crianças nascem do amor
Que devia ser puro e total
Mas há tanta coisa sem pudor
Porém, isso não é Natal…

Sabendo que tudo podes
Com toda a Fé aqui vimos
Livra-nos de tantos Herodes
Senhor, nós te pedimos!

E da matança dos Inocentes
Que a cada dia que passa
Aumenta essa desgraça
No seio das nossas gentes

Se o Natal é amor
Se os Natais são esperanças
Como pode haver tanto traidor
Para matar as crianças?

Todos tivemos o nosso natal
Dia do nascimento
Apesar daquele momento
O nosso não é igual

É o Natal de Jesus
E sem nunca ter desaparecido
Deus Menino renasce e cresce
Não foge ao que havia prometido

Natal é amor
É um princípio
É um começo!
Nesta caminhada
Guia-me Jesus
Se o mereço

Natal, é o romper da aurora
Como um sonho, um desejo
Do casal esperando o filho
E trocando mais um beijo
Ouvindo a criança que chora

Que o Natal, seja sempre Natal
Natal de novas e muitas alegrias
Cantemos para que assim seja
Para sempre e em todos os dias!

Glória a Ti ó Deus
Hossana, lá nas alturas
Cantam Querubins e Anjos
De vestes brancas e puras

E porque Tu és amor
Os Marinheiros como nós
Levantam a sua voz
E cantam em teu louvor

Que a todos eles assistas
Nós te pedimos meu Deus
Não tires de nós as vistas
E leva-nos para os Céus

Onde, rodeado de tanta luz
Brilhante e de muitas cores
Nós te adoramos ó Jesus
Que sofreste horríveis dores
E morreste pregado na Cruz!

No teu peito abriram frestas
Em corpo já moribundo
Perdoa, dá-nos Boas Festas
A nós e a todo o Mundo…!

HISTÓRIAS SATÍRICAS e PARVOÍCES

Em primeiro lugar quero desejar um bom Natal e um bom Ano 2010 a toda a camaradagem


Com esta simples quadra que vou enviar, não quero de maneira nenhuma atingir a nossa Pátria.
É apenas uma maneira de dizer aos que nos governam, que, quando falam da "Pátria-Mãe", falam por eles.



Camões, chamou-lhe ditosa,
À pátria que o viu nascer.
- Eu chamo-lhe, Mãe vergonhosa,
Que à fome nos deixa morrer.

Clube da Amizade!

Depois das vossas afirmações
Não sei para onde me virar
Se para a esquerda, confusões
Para a direita é de arrepiar

Procuro estar no centro
Se calhar é mais quente
Ao lado da chaminé cá dentro
Que venha por ela um presente

Não percebi essa dos feijões
Já velha com barbatanas
Pensei com os meus botões
Pior é deixar entrar as bananas

Vejo com certa admiração
Vós, peritos em futebol
Duvido da vossa afirmação
Nunca vos vi de cachecol

Mas pondo tudo a limpo
No meio dessas emoções
Vou tentando com afinco
Suster as minhas ilusões

Porque mais tarde ou mais cedo
Aparecem percalços na vida
Que eu confesso ter medo
Duma paixão mal sucedida

Depois, também a idade
Que agora já não perdoa
Vai-nos tirando a faculdade
De pensarmos coisas à toa

Embora vivendo do presente
E não esquecendo o passado
Sou amigo de toda a gente
E assim vivo despreocupado

Claro, gostos não se discutem
Âmagos de tristezas e alegrias
Mas evito que me incutem
Outras diferentes alegorias

Estou chegando ao fim
Que nada disto vos perturbe
Como podereis ver, enfim
Vou dizer-vos o meu Clube:

Tem sete letras apenas
Usa da melhor lealdade
Tem adeptos às centenas
É o Clube da Amizade

Que realiza jogos sem igual
Neste terrestre Globo
Deseja que tenhais um Santo Natal
E um muito próspero Ano Novo!

Quando Penso

Quando penso que imaginam que pertenço,
A esse bando imenso e desabusado,
De gente contaminada por um obscurantismo imenso
Que pensa que nada do que eu penso
Tem senso, e que tudo o que penso é sempre errado.

Oprimido e indefenso fico ofenso,
Mas quando repenso, venço esta opressão.
Embora guarde no meu rosto húmido e tenso,
A irónica magia do meu amarrotado lenço,
Afagando-me em ascenso, e a dizer-me, não.

Não, não aceito nenhum consenso,
Não sou propenso ao indecente,
E por isso cada vez mais me convenço,
Que seria um perfeito contra-senso,
Dar o meu assenso a essa gente.

Mas, mesmo se deles me diferenço,
Forçam-me a viver no mundo infenso daqueles,
Que à força me ferem e me fazem o penso,
Para que eu pense que pertenço,
Ao pretenso mundo deles.

Mas quando sentem que por desprezo os dispenso,
Tremem, e eu sinto que sentem um medo intenso.

É que eles sabem que quando penso,
O meu poder se torna imenso,
E que por conseguinte, que os venço.

Quando penso,
Tudo venço

A Mulher Alentejana

A mulher Alentejana,
É concerteza a mulher,
Onde a beleza é mais pura.
Qualquer dia da semana,
Com um vestido qualquer,
Nunca perde a formosura.

Ri da inveja, e mormente,
Nunca se perde em boatos,
Dispensa quaisquer ornatos,
É bela naturalmente.

Linda Alentejana
Formosa magana
Santuário de pureza.
Uns olhos tão lindos
E uns lábios sorrindo
São teus concerteza.
Foi Deus que te deu
Essa graça infinda
E toda a beleza.
Por desejo seu
Tu és a mais linda
Mulher Portuguesa.

Deduz quem olha p’ra ela;
Seus olhos são dois cristais
Que a natureza formou.
E os traços do corpo dela
São traços esculturais
Que a mão de Deus cinzelou.

Essa jóia puritana,
Jóia rara e cobiçada,
Com os encantos de fada,
É a mulher Alentejana.

O Homem Alentejano

Cem por cento Lusitano,
Simples leal e sincero,
Tem o cunho da amizade.
O homem Alentejano,
É rigoroso e austero,
Em questões de honestidade.

Tem como lema a franqueza,
Não aceita a urdidura,
Nem faz promessas em vão.
Abre a porta põe a mesa,
E faz a sua assinatura,
Com um aperto de mão.

Diz o que tem a dizer,
Não ralha nem faz barulho,
Tem sempre um beijo no fim.
Porque é homem a valer,
Qualquer mulher tem orgulho,
Em ter um homem assim.

A quem de si quer troçar,
Só por ser do Alentejo,
Chamando-lhe Alentejano,
Responde sem hesitar ;
Tenho orgulho, e não invejo,
Ser outro provinciano.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ah se os políticos deixassem!?

Não precisaríamos de oferecer de mão beijada o nosso tão profissional talento, por esse mundo fora da diáspora! Quantas vezes se têm que tragar o pão que o diabo amassou… quando o nosso jardim plantado, nessa Atlântica Faixa Ocidental poderia estar sempre a abarrotar de belas e perfumadas flores?! (…)

A Pátria que por Camões foi cantada
Num desesperado rasgo de saudosismo
Ou teria sido antes por ele chorada
Como um apaixonado chora a sua amada
Oh, quem nos dera substanciar tal eufemismo!

Ao Luis Oliveira!

Ah grande Luis Oliveira!
Apareces de quando em vez,
Ajudando-nos nesta cimeira,
Em manter-nos classe de primeira;
Grato te ficamos pela altivez.

Obrigado pelos teus ensejos,
Dum Natal Feliz e amável!
Retribuo os teus desejos,
Duma inspiração de sobejos;
Duma benevolência tão afável!
Bom Natal!
22 de Dezembro de 2009 00:06

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Glorioso! (…)

'Hoje nem o feijãozinho!'
Emproado que nem um herói…
Contente porque já não dói.
Impulsos do coraçãozinho!

Como bichinho que rói…
Que no espírito se embrenha.
Amarinhando não mata mas mói.
Oxalá a saudinha se mantenha…

Ao teu glorioso Benfica!
Que nunca abandonaste.
Comes hoje comida rica.
Bebes também uma bica;
A festejar o que sempre amaste!

Para sempre…

Clube do coração!


Ai, pobre de mim que não me sinto poeta
Pudera eu escrever tão bem como Camões
Que foi obrigado a viver uma vida de cegueta
Vendendo um dos seus olhos por dois tostões

Quisera ao meu Benfica tecer louvores
Grande clube de incontestada glória
Número um entre todos os meus amores
Que ontem me ofereceu mais uma vitória

Quem o odeia que fique calado
Engula a raiva, cerre os lábios
E que a boca lhe saiba a fel

Que aqui o vosso amigo Manel
Mesmo a brincar faz versos sábios
E tenho dito... falei... está falado!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Meu pobre Benfica!

Ontem no Algarve foi dia de vento
Que trouxe alguns dissabores
De pouco valeu o talento
Muito afamado dos jogadores

Juntaram-se o último e o primeiro
Mediram-se forças em extremo
Em luta feroz sem tiro certeiro
Sem culpas para o terreno

Culpa-se o árbitro e a família
Chamam-se nomes feios a todos
No meio dessa ousada quezília
Terá de ser ele a marcar os golos?

No meio destas questões
Que às vezes dão para o torto
Estão em causa muitos milhões
Mas afinal o que é o desporto?

É uma forma de conviver
Numa estrita fraternidade
Que é difícil conceber
Nesta intempestiva sociedade

Perder é tão dignificante
Como ganhar honradamente
Mas o desporto farsante
Não abona a nossa gente

Assim, neste preconceito
Onde ressalta o desigual
É só uma questão de preito
Fica tudo em Portugal...

sábado, 12 de dezembro de 2009

A culpa é do Magalhães!

Se não fosse o "Magalhães"
Alguns não tinham computador;
Outros filhos das mães
Perderiam o grau de doutor!

Como militar na reserva
Género de paiol de retém,
Há cursos tirados na Minerva
Para "infiéis" de armazém...

Depois dessas escaramuças,
Acusações só de tinteiro;
Será que essas carapuças
Servem a algum engenheiro?

Neste meu ignóbil pensamento
Não quero perder o rumo,
Se calhar não estou por dentro
Desses materiais de consumo

Cá tenho as minhas maneiras
É assim que as assumo;
Com facilidade digo asneiras
Mas não há fogo sem fumo.

Será que não aparece um perito
A pôr termo nesta bandalheira?
Pois sempre o tenho dito
Vivemos numa autêntica cegueira!

O adágio é muito antigo!
Há mais marés que marinheiros;
Com ondas fortes, que perigo?
Nas mãos destes timoneiros...

Por hoje, amigos, acabou!
Estou a ficar enjoado;
Marinheiro já não sou
Para navegar em mar tão bravo...

Ao grande Zé Pintado!

Em resposta ao Verde

“Deixam-no só e desamparado...”
Nessa não vou eu, Verde amigo.
O problema está em o Pintado;
Não se envolver mais um bocado…
Juntando-se, comigo e contigo

“Aprende e toma emenda”
Tome lá que é para aprender.
Como ‘Fuzo’ sei que aguenta!
Haja computador como ferramenta.
E que na Net se venha a intrometer.

“Então, como é o Pintado Zé?”
O Pintado Zé; é bem dos nossos!
Levar a mal, é problema dele, não é?
Só tem que se pôr bem connosco, pois é
Para não haver espinhas nem ossos…

Para variar o assunto um pouco,
A culpa também é do Timoneiro…
Manda “posts” como um louco!
Pensando que é um totoloto…
Mas ele no fundo é o primeiro!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sonhando!

Como me parece que o meu amigo Verde está zangado comigo, aqui vai para ele, com o meu pedido de desculpas.
Parece-me ainda que, com o teu muito afinado, SENTIDO LÍRICO, e com esta matéria, não te será nada difícil, compor, se assim o desejares e à tua maneira, o que muito bem entenderes.
CONTO CONTIGO, MEU VELHO AMIGO.

«Mote»

Quando na igreja rezava,
Ao tocares na minha mão,
Acordaste um coração,
Que então, contigo sonhava.

I
Olhos em Deus, concentrado,
Confesso que não esperava,
Ver-te, sentada ao meu lado,
Quando na igreja rezava.
II
Nesse teu gesto eu supus,
Haver eterna paixão,
Depois olhámos Jesus,
Ao tocares na minha mão.
III
Com os olhos postos na cruz
E em forma de confissão
Ouvi murmurar Jesus,
Acordaste um coração.
IV
Quando me viste acordado,
Viste que quem delirava,
Era eu -louco, apaixonado
Que então contigo sonhava.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Histórias Satíricas e Parvoíces!

Meu caro Artur;
Há cerca de três ou quatro dias, encontrava-me numa casa onde se compram roupas de todo o tipo, novas, claro, e, depois de ter experimentado um certo artigo, ao repousá-lo no devido lugar, reparei que estava muito próximo do canto onde havia roupas interiores de Sra. E vi, é verdade que vi - fui forçado a ver - uma Sra, de gabarito bastante elevado, escolhendo umas cuecas adequadas à sua medida, com a ajuda de uma outra Sra, que possivelmente seria sua amiga.
Pelo que pude perceber, pareceu-me que o problema se centrava na tira central do dito artigo, que, segundo penso, não devia ser suficientemente larga para as suas necessidades.
Depois, comecei a meditar e surgiu-me isto: (mas só para mim)


Não se tapa - na minha ideia!-
De maneira absoluta,
A entrada de uma gruta,
Com uma linha de Meia.

Um abraço do Jordão

Desgarrar com pureza…

Desgarrar com pureza…
O sincero e amigo Jordão!
Mas tenho toda certeza;
Que o fará do coração…

Jordão
“Aqui te mando estas peças,
Deixei-as ao teu apreço.
Se eu abusar do que peço,
Peço então que tudo esqueças.”

Leiria
Esquecer-me! O que é isso?
Destas peças tão belas?
Guardo-as porque cobiço;
O teu talento sobre elas!

Jordão
“Juntas as minhas, a essas,
Às tuas que melhores são.
Para aumentares a colecção,
Aqui te mando estas peças.”

Leiria
Dizes; que as minhas melhor são?!
É afirmação que não acredito.
O teu talento e de antemão;
Do mais alto e puro gabarito!

Jordão
“Mando-tas sem que me peças,
E, sem saber se mereço
Que tu as leias, não esqueças...
Deixei-as ao teu apreço.”

Leiria
Mandaste-as sem eu pedir,
Oh que nobre decisão!
Pois eu não mereço o teu sentir;
Que me envaidece o coração…

Jordão
“Mas, se por elas não te interessas,
Não penses que me aborreço.
Põe-as de parte, não esqueças...
Se eu abusar do que peço.”

Leiria
Dúvidas do meu interesse?
Jamais abusarás no teu pedir.
Eu é que te devo a benesse;
Da extasia e do bem sentir.

Jordão
“Peço-te ainda que peças,
A ti justeza e razão.
Se não achares solução,
Peço então que tudo esqueças.”

Leiria
Já pedi a mim justeza.
A ti peço justificação?
O porquê de tanta incerteza?
Se na verdade és campeão!

Leiria
Jamais esquecerei,
Do que nos dá animação.
Por isso tudo farei,
Dando mais do que já dei;
Porque nasce do coração.

Leiria
Meses atrás eu não sabia,
Que coisas destas viria a fazer!?
Só Deus sabia que eu iria,
Versar; e que a vós me juntaria;
Aos sentimentos de enaltecer.

Leiria
Não sou dotado de talento,
Porque levo tempo a pensar.
Agora vós sois de soberbo alento!
Sempre de peito para o vento;
Prontinhos para proclamar…

Bem-hajas amigo!

Infância!

Para ti caro Artur:

Fui entrando devagarinho,
P'ra não seguir os "PATETAS"
E vou seguindo a Pé-cochinho,
Atrás dos Grandes POETAS.

Agora a Infância

Naquela infância que não esqueço,
Embora muito singela.
Sendo a miséria o meu berço,
Deixo-me embalar por ela.

Infância, não te esqueci,
Embora fosses madrasta.
E quanto mais pensar em ti,
Mais a saudade me gasta.

Infância que tens feitiço,
P'rá 'queles que em ti viveram.
Mas mesmo os que em ti sofreram,
Nunca te esquecem por isso.

Infância como és 'squesita,(1)
P'rá 'quele que em ti viveu.
P'rá 'quele que em ti medita,
Ou foste inferno ou foste céu,

Infância, Infâcia onde estás?
Não Ouves? - Estou-(te) a chamar,
Não fujas, volta p'ra trás,
Não te posso acompanhar.

(1) - esquisita

Para a próxima vez irão as outras cinco.

Um abraço do Jordão
Ah! Já leste as outras do Blogue?

Gostava de saber, Caro Artur, se gostas de quadras soltas, mas que tenham algum sentido, claro.
É que às vezes surgem-me algumas, que até publicava aqui.

Ao talentoso e bom senhor, Jordão!

Já vejo, que com todo o gosto és co-autor!
Junta-te aos bons para seres como eles…
Como és bom, talentoso e bom senhor!
Contigo pistolas e facas, não metem pavor.
Se te juntares aos maus, o teu mal é deles!

Sei que gostas da forma nobre de versar.
Para tudo é necessário gosto e inspiração...
Neste caso, é o nosso blogue a comprovar.
É a incitação saudável de se compartilhar!
Aquilo que te vai na alma e no coração!

Às cegas!

P'ró Carlos

Às vezes fico admirado,
De como, "quem sabe" se esquece,
Que qualquer caminho é errado,
Quando a gente o não conhece.

Avancei - a passo de lesma -
escrevendo, como escrevia.
Tenho que escrever na mesma!...
E era isso que eu não queria!...

Os «Novos Lusíadas»!

Segundo Camões:

As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que permitia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram

Segundo o Tintinaine:

As armas e brasões tão afamados
Que daquela praia perto do Barreiro
Em mergulhos longos e forçados
No lodo do medonho Malagueiro
Em lutas e guerras bem treinados
Mostraram quanto vale um Fuzileiro
E defender a sua Pátria bem tentaram
Que outros, mais tarde, abandonaram

Farras...

Relembrando...

Eram farras!
Era forrobodó…
Mas, oh que taras!
De matar, sem dó!

Porque eram crescidos!
De corpo, mas era só.
Só faltava a estes atrevidos;
Uma mãe para limpar o pó.

Agora quem nos dera…
Levarmos da nossa mãe!
Como naquela santa era,
Que já não é de ninguém.

Voltando ao assunto,
Temos de lá o Oliveira.
Comia-se pão e presunto;
Curado bem à maneira!

Relembrando assim,
O passar no Zé Varunca!
Acreditem, cá para mim,
É alegria que não tem fim…
Esquecer? Isso nunca!

Será fácil de resolver,
Porque para o ano voltarei,
Logo seja para entreter…
Onde se pode comer e beber;
Aposto que lá estarei.

Deitando barro à parede,
A ver se a coisa pega…
Porque na altura vou ter sede,
Da amizade de todos e do Verde…
É coisa boa que ninguém nega.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Saudáveis disparates!

ANEDOTAS

Acreditem que me fizeram rir…
Ao ler estas coisas engraçadas!
As quais me vão fazendo vir.
De tanto me rir me fazem inserir;
Estas quadras disparatadas...

Vir é indicativo do verbo vir…
Não é aquilo que estão pensando.
Portem-se bem, nesta não queiram cair.
Porque dessa forma iriam sentir;
Uns enganos de vez em quando!

Novo Visual!

Oi compadre Jordão!
Sejas bem aparecido.
Tão bonito como no então!
Prontinho para a ocasião…
De encontro com amigo.

Como tu, eu não consigo.
E agora de fato novo?!
Ficas logo bem-parecido!
Assim é que é devido;
Logo sejas sempre do povo.

Vejo-te uma cara nova!
Cheia de boa aparência.
Já lá vai o tempo da sova;
De se trabalhar de pé p’ra cova!
Está na hora da clemência.

Chegou a hora da aposentação,
Cuidado não te desalinhes.
Não descures a alimentação,
O exercício para o coração;
Oxalá; na longa vida te alinhes.

Principiante sou!

Eu nasci no Alentejo
Na barragem do Alqueva
Quem se meter comigo
Ai, nas fuças leva...

Balada da despedida…

Já nos céus,
Brilha a aurora...
Mais um dia que vem,
Agora,
A despontar além.
Sobre a serra que chora!
O vale,
Que as lágrimas retêm!
Vou p’ra além…
P’ra não mais ver…
Esse, alguém,
Ser do meu ser…
Já senti, porém,
O bem de não esquecer…
Que foi Deus quem dos céus,
Traçou, o nosso Viver…

O  n o s s o  v i v e r….

A Bela e o Monstro!

A bela e o monstro
O monstro e a bela;
A gente fica mais monstro
Se não toma cautela.

Às vezes parece mentira
Mas é uma pura verdade;
Quanto mais a gente investiga
Parece que menos sabe!

Levados pela loucura
Que também provoca danos,
O doce torna-se amargura
Na ilusão dos enganos.

Nem sempre uma cara linda
Traduz encanto no mundo;
Há mil fontes de água límpida
Cheias de lodo no fundo...

O Belo!

Nem tudo que é belo
E nem tudo o que é ouro
Transmite a pura beleza,
Desmorona-se o castelo
Dá-se cabo do couro
Tudo fica uma tristeza.
Foi assim com o Domingos,
Chamado Fragata ou Peniche,
Fez a sua tropa aos pingos
O que não foi nada fixe.
Para além de tudo isto
Sempre continuamos amigos;
Ele tornou-se quase um Cristo
Com seus problemas ambíguos.
Depois dessas façanhas
Para descobrir este marinheiro
Temos andado ás aranhas
Não encontramos o seu paradeiro.
Fica ao menos a esperança
Apesar deste esforço e cansaço,
Resta-nos a firme confiança
De que haverá um grande abraço!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fado do fuzileiro!

Fuzileiro valente
Que segues na frente
Sem hesitação.
Que nunca te amuas
E nunca recuas
Na tua missão.


De excelça bravura
A tua postura
Firme e corajosa.
Traduz com rigor
O enorme explendor
Da nossa Briosa.


Fuzileiro
Especial
Ou Naval, tanto faz
És fuzileiro.
És a força Nacional
Qu'impõe respeito e moral
E a defender Portugal
És o primeiro.


Fuzileiro airoso
Teu ar malicioso
Cheio de simpatia.
Põe em sobressalto
Todo o Bairro Alto
E a Mouraria.

Se passas gingão
Com ar rufião
Audaz destemido.
Até as varinas
Vaidosas ladinas
Tu pões em sentido.


Fuzileiro
Especial
....