sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano Velho, Ano Novo!

Doze meses se passaram
Outros doze se vão iniciar
Uns velhos que tramaram
Os novos que irão começar

Ninguém gosta de ser velho
Mas, pensando com denodo
É a caminhar com relho
Que se reage de novo

Ano Novo, Ano Velho
Ano Velho, Ano Novo
Ambos têm 12 de mistério
E 365 de aflição, diz o povo

Em cada ano que passa
Há sempre esperança nova
Mas perde a sua graça
Quando vamos para a cova

Haja saúde, alegria e paz
E também muito amor
Que o governo não é capaz
De por isto melhor!

Dos formigos às filhós
Da ceia de Ano Novo e Natal
Que haja algo para nós
Neste mísero Portugal

Para os meus familiares
E para os amigos também
Que tenham lautos manjares
E que fiquem sempre bem

E deixando o Velho para traz
Com o Novo no horizonte
Que seja melhor o nato rapaz
Que o caducado de ontem

Um abraço para todos
Feliz Ano e Fraternidade
Que encham os vossos bolsos
De muitas notas e Felicidade...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Próspero Ano Novo!

São culpados os mentirosos
Que nos têm desgovernado
Com objectivos enganosos
Deixam o povo enxovalhado
Com estes políticos manhosos
Sente-se o diabo maravilhado

Este ano é para esquecer
Em pouco ou nada prestou
Com promessas apodrecer
Os políticos o povo fintou

Novo ano vai aparecer
Mas com tristes horizontes
Em tudo vai endurecer
Com dificuldades aos montes

Merecia-mos um ano novo
Com mais amor paz e saúde 
Mas perdeu a crença este povo
Nos políticos sem virtude

É bom que não fiquem tristonhos
Com os meus versos anteriores
Ninguém vos impede ter sonhos
Mas vai ser um ano sem valores

Não me sai um verso risonho
Mesmo que me tente abanar
Se alguma coisa vos proponho
É que não se deixem enganar

Que no ano novo vos aconteça
O que cada um mais desejar
Mesmo para quem não mereça
Muita saúde, paz e amor, e que manjar!

By «Mário Manso»

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Desejos dum BOM NATAL

I
Alegrem-se os céus e a terra
Vamos cantar com alegria
Vai nascer o DEUS MENINO
Filho da VIRGEM MARIA.

II
Que na quadra Natalícia
Haja paz, alegria e AMOR
Quadra linda e propícia
De se festejar o SENHOR.

III
A todos viventes da terra
Desejos dum BOM NATAL
Quadra que AMOR encerra
O AMOR de JESUS na terra
E no coração de PORTUGAL.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mundo de contrastes...

I
Horrível! Este mundo de contrastes, 
Onde não se vê uma viável solução.
Os ricos são os senhores de tudo...
Mas falta-lhes um bom coração.
II
Políticos? Não confiar neles.
Primeiro só eles, porque só eles são.
Por isso; ninguém dependa deles,
Porque lhes falta o tal coração.
III
Igreja que sempre vendeu a palavra,
A qual; a alma alimenta,
Mas o alimento que corpo desejava;
Não faz parte da sua ementa.
IV
Vive-se num mundo de instituições,
Que nada fazem para o bem comum.
Deviam-se juntar todas nações,
Para minimizar a dor de cada um.
V
Façamos de todos os dias um NATAL...
São Ensejos de todo o bom cidadão.
Porque não começar por PORTUGAL,
Nesta propícia e bela ocasião?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O CÃO BUFO*

...oOo...
O rapaz vai para Lisboa estudar, mas já na metade do 1º semestre acaba o dinheiro que o pai lhe deu. Então ele tem uma ideia brilhante.
Telefona ao pai e sai com esta:
- Pai, não vais acreditar nas maravilhas da moderna educação na cidade. Pois não é que eles aqui têm um curso para ensinar os cães a falar?
O pai, um homem simplório, fica maravilhado:
- E como é que faço para que aceitem o Rex aqui de casa?
- É só mandá-lo para cá com 5.000 EUR que eu faço a matrícula.
E o pai, é claro, cai na conversa e segue a orientação do filho.
Passados mais alguns meses, o rapaz fica novamente liso e liga outra vez:
- E então, meu filho? Como vai o REX?
- Fala pelos cotovelos, pai. Mas agora abriram um outro curso aqui, para os cães aprenderem a ler.
- Não brinques! E podemos matricular o REX?
- Claro! Manda-me 10.000 EUR que eu trato de tudo!
E o velho, mais uma vez, manda o dinheiro.
O tempo vai passando, o final do ano vai chegando e o rapaz dá-se conta que vai ter que se explicar.
O cão, é claro, não fala uma palavra, não lê porcaria nenhuma, enfim, continua exactamente como
sempre.
Sem nenhuma consideração, solta o pobre bicho na rua e apanha o comboio de volta para casa.
A primeira pergunta do pai não podia ser outra:
- Onde está o Rex? Comprei uma revista sobre animais, para que ele leia.
- Pai, nem imaginas. Já tinha tudo pronto para voltar, quando vi o REX no sofá, a ler o jornal, como fazia todas as manhãs. E então saiu-se com esta:
"Então, vamos para casa... Como será que está o velho? Será que continua a comer aquela viúva que mora na casa da frente?"
E o pai, mais do que rapidamente:
- Mas que cão bufo de m*rda... Espero que tenhas metido um tiro nos cornos desse filho da p***, antes que venha falar com a tua mãe!
- Mas é claro, pai. Foi o que fiz!
- É assim que se procede, filho!...
Dizem que o rapaz se formou em engenharia, e tornou-se um político de renome...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Deixe crescer a esperança...

Deixe crescer a esperança
Dentro do seu coração
Tenha plena confiança
Na vida sem emoção
Porque os ingredientes
Temperos de gratidão
De pessoas inteligentes
Onde cresce a razão
Tente misturá-los todos
Os que ela oferece com amor
Ficarão muito gostosos
Num prato de raro sabor…

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Socratíadas!

I
Aos grandes e aos varões sacrificados
Que nesta ocidental praia lusitana
Em tempos quase sempre conturbados
Ajudaram a que passasse a caravana
Contra traidores, gatunos e drogados,
Livrem-nos, por favor, deste sacana.
É o que ardentemente hoje vos peço
E, se o conseguirem, muito agradeço
II
Nos tempos em que Guterres governava
Vivia-se até melhor que hoje em dia.
E o Sócrates Pinto de Sousa militava
lá nas fileiras da Social-Democracia.
Desse Zé Ninguém não se espr’ava
O vil trafulha em que ele se transformaria.
E venho eu, Camões, da língua o Pai
Explicar-vos com “isto” por cá vai…
III
Estavas , jovem Zé, muito contente,
Com o teu Diploma já adquirido
Nessa tal Universidade Independente,
Com fraudes e artimanhas conseguido,
Assinando projectitos de outra gente
Pois que, para nada mais foste intruído.
Mas sendo um refinado vigarista,
Logo te inscreves no Partido Socialista.
IV
Com muita lábia, peneiras, arrogância,
Depressa ousou chegar a Deputado,
E mesmo apesar de tanta ignorância
P’ra Secretário de Estado foi chamado.
E nas burlas, trafulhices e jactância,
Em que esteve nesses tempos embrulhado,
Terá sido nesse ambiente assaz sinistro
Que obteve competências p’ra Ministro.
V
E tu, sábio Cavaco, agora me ensina
Como posso tirar este gajo do poleiro
Pois não passa de uma ave de rapina
Mas já é segunda vez nosso Primeiro.
Mandai-o p’ra bem longe, África ou China
Já que o não podes mandar p'ró Limoeiro.
É que eu estive lá, e aquilo que acho
É que ele só sairá com um Grande Tacho!
VI
Que seja pelos pecados deste Povo,
Teimoso no seu votar sempre às cegas,
P'ra depois implorar p'ra ter de novo
Alguém que seja outro João das Regras
Que o leve sem receios a votar
Num émulo do Oliveira Salazar!

Luis "Vesgo" de Camões…

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Poema do Arrepio!

Exame da Próstata com grande respeito pela tradição Gaúcha

Andava, mijando errado
Com as urina em atraso
Era uma gota no vaso
Três ou quatro na lajota
Quando não era nas bota
Na bombacha ou no scarpim
Eu mesmo mijando em mim
Que tamanha porcaria
E o meu tico parecia
Uma mangueira de jardim :
O pensamento mandava
O pau não obedecia
Quando a bexiga se enchia
Eu mijava à prestação
Pro banheiro em procissão
Uma ida atrás da ôtra
Numa mijada marota
Contrastando com meu zelo
Pra beber era um camelo
E pra mijar um conta-gota :
Depois de passar um bom tempo
Convivendo com esse horror
Me fui atrás de um doutor
Que atendesse meu pedido
Me desse algum comprimido
Pra mim empurrar goela abaixo
Tenho certeza não acho
Que bem antes que eu prossiga
É importante que eu diga
Que não deixei de ser macho :
Mas buenas voltando ao caso
Que é natural que eu reclame
Depois de um monte de exame
De urina e ecografia
E até fotografia
Da minha arma de trepá
Me obrigaram desaguá
Ajoelhado num pinico
E me enfiaram um troço no tico
Que me dói só de lembrá :
Ainda dei o meu sangue
Pros vampiro diplomado
Pensei que tinha acabado
Só me faltava a receita
Já tinha uma ideia feita
Me trato e adeus doutor
Recupero o mijador
Nem sonhava em concluir
Que alguém iria invadir
Meu buraco cagador :
Fiquei bem contrariado
Tomei um baita dum choque
Quando me falaram em toque
Achei bem desagradável
Pra um macho é coisa impensável
Um dedão campeando vaga
No lugar que a gente caga
Vejam só o meu dilema
O pau é que dá problema
E o meu cú é que paga :
 Tentei todos argumentos
Me esquivei o quanto pude
Mas se é pra o bem da saúde
Não deve me fazer mal
Expor assim meu anal
Fazer papel de mulher
Nem tudo que a gente quer
Tá de acordo com os planos
Fui derrubando meus panos
E se salve quem puder
De cotovelo na mesa
A bunda meia empinada
No cú não passava nada
Nem piscava de apertado
Mas era um dedo treinado
Acostumado na bosta
E eu que nunca dei as costa
Pra desaforo de macho
Pensava de pinto baixo
O pior é se a gente gosta :
Pra mim foi mais que um estupro
Aquilo me entrou ardendo
E então eu fiquei sabendo
Como se caga pra dentro
Aquele dedo nojento
Me atolando sem piedade
Me judiou barbaridade
Que alívio quando saiu
Garanto pra quem não viu
Que não vou sentir saudade
Enfiei a roupa ligeiro
Com vergonha e desconfiado
Vai que o doutor abusado
Sem pena das minhas prega
Chamasse um outro colega
Pra uma segunda opinião
Apertei o cinturão
Fiz uma cara de bravo
Dois mexendo no meu rabo
Aí seria diversão
Depois daquela tragédia
Que pior pra mim não tem
Não comentei com ninguém
Pra evitar o falatório
Se alguém fala em consultório
Me bate um pouco de medo
Não faço nenhum segredo
Dessa macheza que eu trago
Mas cada vez que eu cago
Me lembro daquele dedo...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cristiano Ronaldo teve a oferta de um carro novo!

O Céu para alguns é sortudo
Neste mundo de bicharada
Enquanto que uns têm tudo
Outros ficam sem nada…
Não esqueçamos, porém
Se contemplados pela sorte
Cada qual pagará também
Imposto na hora da morte
Conforme a sua fortuna
Sobre as grandes divisas
É certo, não haverá lacuna
Na cobrança de taxas e sisas
Assim, nessa altura
Aponte-se o seu destino
Pois será toda a criatura
Passada a pente fino
Não haverá Casa Pia
Muito menos Face Oculta
Não haverá amigo ou tia
A mentira não resulta
Acaba-se também a atrofia
De todos os processos
E não existe garantia
Que possibilite retrocessos
Na grande tropelia
De governos e mandões
Até que enfim, nesse dia
Acabarão os ladrões
Nada de confiar nessa canalha
Que para lá da cortina
Levarão toda a maralha
Para nos cair em cima…

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Comentando: Isto cheira a caldeirada (Blog do Valdemar)

A grande ratice política de Portugal

Isto é como nas touradas!
Quando o toiro é bravo
Com as suas marradas
Agrada ao público aficionado
Assim, quem rouba é valente
E, depois de encher o saco,
Quem o julga é incompetente
E ajuda a alargar o buraco
Com este bando de gente
Ficamos sem o casaco
E mesmo dando ao dente
Fazem de nós um caco
Iremos aturá-los eternamente
Até cairmos no charco
Mas, clamo vivamente
Vendia-os ao desbarato
Pois, admito claramente
Não ter confiança no gato
Para caçar, exactamente
Todo aquele que é rato...

É isso…

Esquecido bem no fundo do baú, sinto-me constrangido e piedosamente arrasto-o, tipo Tarzan e Jane, para os píncaros da glória! Bem no topo como um herói que não quer morrer grita: dêem-me luz.
- Sim meu desprezado aqui a tens.

Sexualidade e a Gíria

Nem mais, oh pessoal.
Vamos animar as hostes…
Somos cidadãos de Portugal.
Fazemos sexo sem igual!
Por isso devemos estar a postes.

A Catraia só é pura:
Nas orelhas e no nariz!
A virgindade é de pouca dura,
É coisa que não se atura…
Tirar-se o vintém pela raiz.

Logo que na Net uma aparece:
Outra coisa não se espera.
Maldito diabo que as tece…
Melhor sorte, ela merece.
Carne fraca: virgindade não tolera

Pessoal, qual a vossa opinião,
Sobre o descrito em cima?
A virgindade já lá não mora, pois não?
Perde-se logo que haja a ocasião.
Ou não será essa má sorte, a sua sina?

O sábio povo sempre disse:
Que para mealheiro a rata não dá.
Para palheiro? Que grande tolice!
Isso seria uma rata patetice!
Portanto há que aproveitar e é já.

Agora a bola é vossa…

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nossa Senhora do Vencimento!

Por mero acaso, deambulando pelo nosso país, passei nesta pequena localidade entre o Pinhão e S. João da Pesqueira, no Alto Douro Vinhateiro.
Com a crise reinante que nos cerca por todos os lados, acredito que, muito em breve, este será um local de grandes peregrinações... À cautela, fotografei e registei o local.
Nunca se sabe o dia de amanhã!
(Aceitam-se inscrições para viagens de autocarros e comboios)



Neste Pitoresco local
Existe uma capelinha
Que ampara o desigual
De alma como a minha
Senhora do Vencimento
Levai-me Douro acima
Para acabar meu tormento
Nas minhas promessas
Prometo esclarecimento
Porque vejo tudo às avessas
Do governo dum jumento
Levai-me a essa Senhora
Sinto-me estrangulado
Para que a mão protectora
Da Senhora do Vencimento
Socorra este amargurado
Acabe meu padecimento
Esvaziam-me o bornal
Oh, enorme sofrimento
Fazem-no de forma canibal
Num ignóbil tormento
Matando os pobres de Portugal...
ATVerde

Soneto quase inédito!

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

JOSÉ RÉGIO - Soneto escrito em 1969.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Comentando «O Freeport ainda mexe»!

Eu não devo estar errado
De ideias que me atrevo
Que tudo vai passar ao lado
Sendo gente do governo
E, pagará algum marafado
Acusado de estafermo
Se não houver cuidado
Esse proceder será eterno
De tudo bem combinado
Que nem acaba no inferno...

Comentando: "Recordações e saudades" (fuzo-inapto.blogspot.com)

Neste mundo de confusões
Que, relembrando o passado
O Virgílio aponta as profissões
Do seu antigo e saudoso povoado

Como recordar é viver, porém
Também sinto essa saudade
Na minha terra de desdém
Existiam tais coisas de verdade

Que nos davam mais liberdade
E, sendo criados sem mimices
Andávamos sempre à vontade
Até mesmo nas malandrices

Jogando pião, junto ao ferrador
Em frente à loja da ferragem
Ele tinha fama de doutor
Olhando à sua pertinaz bagagem

Das variados ofícios e artes
Dos pedreiros e dos picos
Das toscas retretes e açafates
Da servidão útil dos penicos

Mudaram-se os tempos
Modernizaram-se as funções
E, até os temperamentos
Vieram criar mais aflições

O tempo não chega para nada
Corre-se de manhã ao anoitecer
A sociedade está estagnada
Já começou a apodrecer

Para nós os reformados
Pouco esperamos deste desnorte
Apenas, nos prestem os cuidados
Bom seria termos essa sorte

Nestas recordações e saudades
Imbuídas de muita graça
Que o Virgílio sem leviandades
Trouxe de novo para a praça

Continua, amigo, gostei
Não desanimes, sê diligente
Porque para viver, eu sei
É preciso ter o coração quente...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vacas e vacarolas...


Bruna Real agrada a pais e alunos Encarregados de educação consideram Bruna Real uma pessoa “simpática” e garantem que o passado da professora não é importante.

Passeiam-se por todo o país
Entram em tudo que é moda
Até vão metendo a raiz
Dentro da própria escola

Descaradas e sem ética,
Sem virtudes, escandalosas
Mostram a sua estética
Com peneiras e vaidosas

Abrem o peito, das mamas
Pondo de lado as lisuras
Na escola, estas damas
Dão aulas quase nuas

Das suas abastadas tetas
Das quais fazem alarde
Ira ser através destas
Dão de mamar à vontade

Acabou-se o leite em pacotes
Passam a mamá-lo directo
Porque as vacas aos pinotes
Aparecem em qualquer gueto

E, com a falta dos iogurtes 
Do queijo, da manteiga dourada
Elas, fazem dos alunos abutres
Da sua própria marmelada

Deste incompreensível país
Da nossa irascível e fraca urbe
Facilitam a qualquer petiz
Que lhe apalpe o úbere

Dizem os zelosos pais
Que o “passado não conta”
São estes exemplos que dais
Duma educadora tonta

Mas, se agora vale tudo
Brado aos céus, quem diria
Que neste paraíso sortudo
Há leite fresco todo o dia

Assim, acabam-se os preconceitos
Dos valores da ética e da moral
Porque, quem tiver belos peitos
Vai triunfando em Portugal…

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Chinês não corta as unhas há 28 anos!

O chinês Wen Jian, de 41 anos, residente em Changle, na província de Fujian, deixou de cortar as unhas da mão esquerda aos 13 anos para controlar seu temperamento agressivo. Hoje, uma das unhas de Jian tem 35 centímetros de comprimento, o que impede, por exemplo, que ele cerre o punho. “Quando era jovem, era muito agressivo. Estava sempre pronto para uma briga”, afirma Wen, encantado com o tratamento auto-infligido.

Talvez lhe sirva de utilidade
Para tirar ervas no jardim 
Devo dizer a verdade 
Quero-o longe de mim 

Pensando em novas aquisições
No Benfica, há um lugar aberto
Que no meio das convulsões
Pode substituir o Roberto

Podem os seus dirigentes
Tirar este coelho da cartola
Porque serrando os dentes
Deve ter unhas para a bola!
Por : A.T.Verde

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Os Pesadelos!"

Com efeito, os pesadelos
Sonhos de quimera ilusão
Com esta cáfila de camelos
Continuamos no mundo cão

Hipóteses, serão sempre poucas
De arrepiar novo caminho
Ficam as gargantas roucas
De tanto gritar o Zé Povinho

Já pouco ou nada nos convence
Que haja um bom prenúncio
Porque chupam o que nos pertence
Desde os ossos até ao caruncho

São estes nossos "régios" heróis
Da voraz mandíbula canibal
Que lançam fateixas e anzóis
Sobre os pobres de Portugal!

O Pão-Nosso de cada dia!

7 Dias sem… comer pão! 

A confissão fica-me mal? Quero lá saber. Digo-o, melhor, escrevo-o e subscrevo-o. Então com manteiga, da “verdadeira!”, Hummm…!

Domingo: É nosso hábito, antes da Missa das nove, passar com uma hora de antecedência pelo estabelecimento de pão quente para tomarmos a respectiva meia-de-leite e pão com manteiga, aproveitando também para lermos o jornal. Pão fresquinho/quentinho, ainda a fumegar, enchendo as nossas narinas com aquele cheirinho que todos conhecemos. Abri-lo com jeito e barrá-lo com manteiga que se derrete sem dificuldade, trincá-lo e sentir o delicado estaladiço da crosta a desvanecer-se na boca é gostosamente um pequeno lauto muito agradável. Ou queimar os dedos para tirar do lume aquela torrada de pão robusto que vai merecer manteiga e uma talhada de queijo fresco, acabadinho de sair do frigorífico. O contraste leva-nos ao… suspiro. Ou arrancar um pedacinho – de pão de hoje ou da véspera, que interessa isso – e molhá-lo nos sucos que restam do frango assado da muito distante infância…
Bem, se estas linhas não vos explicam exactamente a devoção que tenho ao Pão-nosso de cada dia, escusam de ler o resto. Não irão entender nadinha! Este primeiro dia não custou nada. Passei-o a imaginar as mil formas de comer pão que me dão prazer e, na verdade, parece que estou farto…
Combinámos passar uma semana sem comer pão. Este esforço ou jejum, tem como princípio saber ou poder avaliar a grande indigência mundial daqueles que não o comem por não o terem.
Assim: 
Começamos no Domingo 
Aposta por nós aceite 
Tomamos apenas um pingo 
Nada de pão, nem de leite 

Quando chegou a Segunda 
De manhã, na ocasião 
Começou a barafunda 
Não se pode comer pão 

Caminhando para Terça 
Pelas oito da manhã 
Houve a mesma conversa 
Pão, hoje não há 

Chegou a quarta-feira 
Pão, que saudade 
Não veio a padeira 
Nem de manhã nem de tarde 

Esperemos para quinta 
Pode haver alguma sorte 
Acabar por fazer a finta 
À jura do nosso porte 

Dizem que a sexta-feira 
É sempre dia de azar 
Se calhar faço a asneira 
E o voto vou quebrar 

Oh Sábado, trás o maná 
E eu com água na boca 
Comer pão só amanhã 
Hoje ninguém lhe toca! 

Finalmente é Domingo 
A fome já nada me arreiga 
Eu não quero o pingo; 
Meia-de-leite e pão com manteiga 

É esta a nossa história curta 
Para quem possui fartura 
Que nos colocou em disputa 
Uma ideia fictícia de loucura 

Haja maior respeito pelo pão 
E, por quem dele muito precisa 
Porque não pode haver perdão 
Por falta dele a quem agoniza… 

Por : Agostinho Teixeira Verde

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Comentando: Quanto vale um cabaço?

Já se vendem por dinheiro
Pelas notas do calhamaço
Fazem da vagina um pandeiro
Não têm amor ao cabaço

Quando as mulheres, coitadas
Perdem o que têm de mais valor
Nunca poderão ser amadas
Por um verdadeiro amor

E, pela força dos patacos
Dão um fraco testemunho
Se, assim, enchem os sacos
Perdem a vergonha no mundo

E, no dia do matrimónio
Que oferecem ao marido?
Uma mulher demónio
Cujo corpo já foi vendido

sábado, 21 de agosto de 2010

A minha Pilita!

Rija, enquanto durou.
Agora q'amolengou
e antes q'a morda a cobra,
Vou atá-la c'uma corda
Pra ela nã me fugiri.
Preciso da sacudiri,
Leva tempo pá'cordari
Já nem se sabe esticari.
Más lenta q'um caracoli,
Enrola-se-me no lençoli.
Ninguém a tira dali,
Já só dá em preguiçari.
Nada a faz alevantari
E já nã dá com o monti,
Nem água bebe na fonti.
Que bich'é que lhe mordeu?
Parece defunta, morreu.
Deu-lhe p'ra enjoari,
Nem lh'apetece cheirari.
Jovem, metia inveja.
Com más gás q'uma cerveja,
Sempre pronta p'ra brincari.
Cu diga a minha Maria,
Era de nôte e de dia.
Até as mulheres da vila,
Marcavam lugar na fila,
P'ra eu lha poder mostrari!
Uma moura a trabalhari,
Motivo do mê orgulho.
Fazia cá um barulho !
Entrava pelos quintais,
Inté espantava os animais.
Eram duas, três e quatro,
Da cozinha até ao quarto
E até debaixo da cama.
Esta bicha tinha fama.
Punha tudo em alvoroço,
Desde o mê tempo de moço.
A idade nã perdoa,
Acabô-se a vida boa !
Depois de tanto caçari,
Já merece descansari.
Contava já mê avô:
"Niuma rata lhe escapou !"
É o sangui das gerações.
Mas nada de confusões,
Pois esta estória aqui escrita,
É da minha gata, a Pilita !

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Está a chegar o dia 21 de Agosto...

Eram 10 horas daquele dia
Longe ainda do sol-posto
Causando uma certa alegria
Eu nasci a 21 de Agosto

Nascer e vir ao mundo
Acontece ao rico e ao pobre
Sou resultado desse testemunho
Pois, faço sessenta e nove

Ainda tentei acelerar
Para suprir tal velocidade
Ou então começar a travar
Para fugir dessa realidade

Não havendo forma nem meio
De fugir a este tom jocoso
Seria bom arranjar um freio
Para nome tão asqueroso

Porque não há outra saída
Aceita-se de causa nobre
É só uma vez na vida
Que se faz o sessenta e nove

Mesmo utilizando outra maneira
Ou pondo os números ao contrário
Caímos na mesma asneira
69 em dia de Aniversário

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Comentando os Rios, Minho, Ave, Douro e... outros

Há rios pequenos
E grandes rios
Uns de caudais serenos
Outros, fortes, comportam desafios
Há rios de que mais gostamos
Rios que banham a nossa terra
Porque, assim os amamos
Debaixo da atmosfera
O meu é o Tâmega
Que no seu semblante
Corta com sua fama
A cidade de Amarante
São rios onde nos banhávamos
Outrora lavadoiros de roupa
Que sua água transportamos
Para regar a secura louca
Através das açudes
Barragens e represas
Erguendo os seus taludes
Lhes dão formosura e riquezas
Rios da pesca de lampreia
Do sável tão gostoso
Doutros peixes, da sereia
Do idílico belo e amoroso
Rios de água cristalina
Outrora era mais pura
Rios que moeram farinha
Também provocaram amargura
Rios de muita energia
Rios de enorme beleza
Rios de tanta alegria
Rios de desespero e tristeza
Rios de águas correntes
Rios de inusitadas tormentas
Rios de volumosas enxurradas
Rios de águas bentas
Rios de eternos encantos
Rios de loucura e fervor
Rios de soluços e prantos
Rios frutuosos de amor
Rios que até à foz
Depressa ou devagar
Nos levam também a nós
Ao encontro do mar
Rios que vislumbram
Montes, serras e outeiros
Que no oceano se juntam
Aos barcos e marinheiros
Que do mais forte
Ao menos audaz
Querem pescar a sorte
Sempre em busca da Paz...

sábado, 14 de agosto de 2010

O Dia 14 de Agosto de 1961

Dia de calor
De Agosto, era Verão
E, já noite dentro
Pelas 22 horas
Surge aquele momento
Com um certo decoro
Porque os meus olhos viram
Aquela que viria ser
Não só um namoro
Mas a esposa dedicada
Simples e modesta
Que ali, numa grande festa
Romaria da Sra Aparecida
Marcou para toda a vida
O dia 14 de Agosto
E, não fosse também
O Aniversário dela
Esperança e mãe
Que os meus filhos têm
Assim, num só dia
14 de Agosto e romaria
Aniversário e namoro
Que festejamos de novo
Com muita alegria
E, foi pela certa
Que a veia de poeta
Me levou a dedicar-lhe
Ainda em Moçambique
Uma quadra que traduz
Tudo quanto de amor
Por ela, tanto me seduz
Que escrevi e memorei
Para continuar
Pela vida fora
Lembrando o tempo
Como se fosse agora
Da pessoa que sempre amei:

Ó minha querida Esperança
Ó minha Esperança querida
Amor da minha Esperança
Esperança da minha vida!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A questão do véu!

Através da história, o elemento mais fortemente identificativo de uma cultura nacional sempre foi a Religião. A cultura de um povo, ou de um conjunto de povos, integra, certamente, outros elementos, mas foi e ainda é, quase sempre, o mais vinculativo. Trata-se de um elemento tão forte que, não poucas vezes, Cultura e Religião se identificaram e se confundem.


No mundo dito ocidental, ou de influência ocidental, esta identificação é hoje cada vez menos visível. Bem pelo contrário, o movimento é de contínua ruptura. O processo tardio de uma laicidade sadia e enriquecedora, acabou por dar lugar a um laicismo cada vez mais agressivo e destrutivo. Mesmo assim, o peso da herança religiosa na vida social e colectiva ainda está vivo, e vivo continuará. Basta ter em conta o número de festas religiosas que dão nome e justificam grande parte dos feriados portugueses. 
Ao contrário do que aconteceu e acontece nas sociedades ocidentais, pode dizer-se que nos países islâmicos a identificação entre Cultura e Religião tende a recuperar, senão mesmo a aumentar, o peso que já teve no passado. Em muitas dessas sociedades, o poder político é dominado pelo clero; o texto base da organização política é o livro do Corão; o sistema penal é a "sharia". Hábitos e costumes, desde a alimentação ao vestuário, são fortemente condicionados ou limitados por critérios religiosos. 
Vem isto a propósito do que está acontecendo nalguns países europeus, a pretexto da chamada "questão do véu". A França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha e o Reino Unido, entre outros, acolhem, por via de imigração "generosa", fortes comunidades islâmicas, cujos membros já usufruem, quase todos, da nacionalidade do estado que os acolheu. Independentemente do país de onde vieram, todos eles têm aproveitado a riqueza e os privilégios da sua nova "casa", sem, aparentemente, fazerem qualquer esforço visível pela sua integração nas novas comunidades em que se instalaram. 
O espírito de tolerância que encontraram permite-lhes não usufruir apenas de uma liberdade religiosa total, mas continuar a viver sob os moldes culturais em que sempre viveram, incluindo no que toca ao vestuário feminino. Os "niqabs" e as "burkas" vêm-se multiplicando nos espaços públicos das cidades europeias, e isso aconteceu, surpreendentemente ou não, depois do 11 de Setembro de 2001, sugerindo uma espécie de tentativa de afirmação ou cultural que é, no mínimo, corajosa, mas pode trazer alguns perigos muito amargos à sociedade. 
Invocando motivos, nem sempre coincidentes, e sob pressão de grande parte da opinião pública, os governos dos diferente países estão a dar sinais, cada vez mais visíveis, de caminharem para a proibição da utilização pública de um tipo de vestuário que tapa a face de quem o usa. Além de outras, são duas as razões mais invocadas: uma, que se escuda nas ameaças à segurança, e merece toda a compreensão; outra, que invoca o princípio da laicidade do Estado e é, pelo menos, muito discutível. 

Neste mundo conturbado 
Desta política da burka ou véu 
Umas trazem tudo tapado 
Outras andam de corpo ao léu 

Nas formas variadas de vestir 
Onde se nota a falta de esmero 
Que nos leva a pressentir 
Haver um grande exagero 

Se o que é bom é para se ver 
Sejam feias, bonitas ou toscas 
Mesmo sem no dar ou vender 
Vão-se consolando as moscas!
By : A.T.Verde

sábado, 7 de agosto de 2010

Vénus do silicone em perigo de vida!


A modelo brasileira Sheyla Hershey, de 30 anos considerada a mulher com o maior peito do mundo (3,5 quilos de silicone em cada mama), pôs a própria vida em risco por causa da sua obsessão com o tamanho dos seios, que lhe valeu a alcunha de “Vénus do silicone”. 
O site oficial (www.sheylahershey.net) informa que a modelo, cujo nome completo é Sheyla de Almeida Hershey, está com problemas de saúde em consequência de complicações resultantes de uma recente operação ao peito, mas desmente que tenha sido obrigada a remover um ou ambos os seios por causa disso. Em todo o caso, continua em tratamento. 
Sheyla, que vive na cidade americana de Houston, no Texas, já foi operada mais de trinta vezes, sobretudo para aumentar o peito mas também para retocar o nariz, os lábios e as nádegas. Ao todo terá gasto cerca de cinquenta mil euros em cirurgias plásticas. Apresenta-se como cantora, bailarina, actriz e modelo, mas o que fez dela famosa foi o tamanho do peito, que obrigou à criação de uma medida especial: 38KKK, nome que faz lembrar a seita Ku Klux Klan. 
A mais recente operação de aumento mamário foi realizada no Brasil, no mês passado, mas a modelo regressou aos Estados Unidos para tratar das complicações que lhe provocaram febre e dores. Sheyla Hershey está a ser tratada a uma infecção com injecções intravenosas de antibióticos. 
Há dez anos, a actriz porno francesa Lolo Ferrari (1963-2000), outra famosa pelo tamanho peitoral exagerado, morreu também em consequência de complicações provocadas pela insistência em aumentar constantemente a medida do busto.

Neste mundo cheio de dramas 
Há coisas que me dão penas 
Umas querem grandes mamas 
Outras gostam delas pequenas 

Grandes peitos, que importa 
Para gula de qualquer mirone 
Há variedades para quem gosta 
Mesmo sendo de silicone 

Duas vezes 3,5kg igual a sete 
Grandes mamas para stock 
Para o transporte do frete 
É preciso um reboque 

Se houver uma ressonância 
Ficarão as mamas cá fora 
Por não caberem na instância 
Terá o tórax algum tempo de folga!
By : A.T.Verde

A cair no abismo

A sorte protege os audazes!
Mas neste país de contrastes
Vai protegendo os incapazes
Da governação de Sócrates

E, continuando assim...
Inofensivos e vilipendiados
Fá-lo por vós e por mim
Seremos sempre desgraçados...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ode a Metangula!

Do Exército fomos os primeiros
Para Metangula deslocados
Encontrámos lá os marinheiros
Á beira do lago aconchegados

Quando, me lembro, à tardinha
De uma fresquinha precisava
Me deslocava para a Marinha
Onde a laurentina não faltava

O acesso foi-nos vedado
Pelo Comandante da Marinha
Pelo pessoal mal conportado
Mas a culpa não foi minha

Acontecimentos do passado
Próprios das juventudes
Quando era mal interpretado
Todos pagavam pelos ajustes

A proibição a conteceu
Quando um militar exigiu
O marinheiro que não cedeu
Ao que, o militar, lhe pediu

De um mal entendido
Pouco tempo durou
Tudo foi esclarecido
Em Metangula se passou

De um mal sucedido
Ao normal regressou
Tudo foi compreendido
Metangula lá ficou.
By : Eduardo Nunes