terça-feira, 29 de junho de 2010

Comentando: "Quanto vale para ti a amizade?"

Supõe-se que a amizade
É mais pesada que o corpo;
Todavia, havendo nisso verdade
Não se perca como um sopro

Quanto pesa, quanto valor tem
Não há nada que a pague;
Aquele que não ama ninguém
Não sabe quanto ela vale

Para avaliar tal vigor
Que essa amizade produz
Há um coração cheio de amor
Que a isso nos conduz

(Tu bem sabes que te quero
Pois meu coração bem te avisa!
O amor quando é sincero
Nem de palavras precisa...)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Douro em Cancelos, Sebolido e as suas Gentes!

Quem for a Sebolido
E, atracar em Cancelos
Pode crer, à beira-rio
É dos locais mais belos

Não é só aquele lugar
São também as suas gentes
Que têm naquele rio invulgar
Óptimo celeiro de sementes

Cuja seara é de amor
Que muito se cultiva por ali
Regada pelo rio com fervor
Que eu presenciei e senti

Margens verdes, com flores
E, muitos outros arbustos
Este rio também provoca dores
Quando causa alguns sustos

Na sua corrente forte
Vinda da vizinha Espanha
Tangida pelo vento do Norte
Oh água que trazes manha!

Se pensarmos na tragédia
Surgida em Entre-os-Rios
Daquela triste enciclopédia
De numerosos calafrios

Dia nefasto, cinzento
Quem esperava tal desastre?
Do infortúnio tormento
Que culminou em catástrofe

Agora, vendo no Memorial
O Anjo com sua ternura
Parece querer tornar imortal
Aquela noite, longa e escura

Passam os dias, meses e anos
A mágoa, essa, entranha-se mais
Porque na dor, causou danos
Lutos, soluços, pranto e muitos ais

Quem sabe, até que ponto
Sem poder bradar apelos
Passaram mortos, qual tronco
Roçando a margem em Cancelos

Que o povo muito atento
E, destro em vigilância
Ia sufocando o lamento
E, perdendo a esperança

De encontrar alguém vivo
Que trouxesse algum conforto
Mas aparecer em Sebolido
Nem vivo, nem morto...

Que na labuta titânica
Desse valente povo
Com sua força dinâmica
Onde reagir de novo

Mostrando o seu ideal
Apesar destes revezes
É assim Portugal
São assim os Portugueses

Que têm nos Durienses
Uma esperança renovada
Cuja força dos seus dentes
Seguram a Bandeira desfraldada

Bandeira das quinas e castelos
Da esfera armilar à sua raiz
Saúdo o povo de Cancelos
Viva o nosso País!...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Comentando: As Grandes Aposentações!

Quanto valerá, enfim
Bater sempre na mesma tecla
Eu até falo por mim
Vou ficando sem estaleca

Se as leis que eles afinam
Protegem muito descaradamente
Não os que de fome, mirram
Mas os que tudo ripam à gente

Olhando pois, os balúrdios
De tais altas aposentações
Ficamos sempre nos subúrbios
Apesar das lamentações

Está aqui tudo à vista
Porém, eles não são cegos
Por mais que a gente insista
Vai tudo para os mesmos egos

Já não encontro palavras
Para descrever o que sinto
Desse bando de "cravas"
Que provam que não minto

Que devemos fazer mais
E, que sorte nos espera?
Enquanto houver "canibais"
A população, grama e desespera
Com essas diferenças tais
Que se vivem nesta esfera

Pobre sociedade, lastimável
Atingindo os píncaros da ganância
Uns, gozam uma vida estável
Outros, vão perdendo a esperança

Depois, surge o precipício
Vamos caindo no abismo
Eles, aumentam o vício
Do roubo e autoritarismo

Neste mar revolto e suicida
Que nos afoga sem ética e moral
Oh maligna seita patricida
Dos que não amam Portugal...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Milagres dos Santos Populares!

Oh Alfred Hitchcock
Como o Carlos diz!
Mas que grande choque
Neste franzino país.

Pode ser que Sto António
Ajude na resolução
Porque este S. José
Está a ser muito aldrabão.

Esperemos pelo S. Pedro
Para ver como isto fica;
Será que os Santos Populares
Vão resolver esta política?

Falta ainda o S. João
No colo,tem o cordeiro
Tem sido assim,então
Com o PM o tempo inteiro

Eu, acredito em milagres
Oh, não fosse eu cristão!
Mas,com tantos ziguezagues
Do santo Sócrates, não!

Por Causa dos Chips das Matrículas...

Aparece cada uma, infelizmente
Que nos deixa sem apetite
Fica de boca aberta, boa gente
Por a matrícula levar um chip

O meu vizinho, tido como muito fixe
Incumbiu a esposa dessa matéria
E, não é que na oficina a por o chip
Acabou por dar em galdéria

Pelos vistos, ela ouve muito mal
E, não percebeu a ideia dos chips
Como não entendeu a palavra, tal
Pensou que era por-lhe os chifres

Parece que tinha falta de peso
A maré faz o próprio ladrão
O marido era pouco teso
Segundo a informação

Vejam bem, caros amigos
Como se criam confusões
Os chips já fizeram inimigos
Estão provadas as razões

Por causa das matrículas
Que levam mais um adorno
Com chips ou chifres, ridículas
Que fazem um homem corno

Deita-se a culpa ao governo
Por editar mais um despacho
Não terá culpa o estafermo
Das pessoas andarem ao macho.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Comentando: O Dia da Justiça da Casa Pia

E, Deus disse:
Faça-se Luz!
De facto é uma pulhice
Enfiar um capuz
Que esconde a aldrabice
Duma consciência fraca
Sem que nada o justifique
Desta justiça(cara) mas barata
Vence sempre o mais sagaz
Ajudado pelo compadrio
Só se aplica a tenaz
Aquele que não tem um "tio"
Não haverá livre justiça
Porque no meu agoiro
Estes cobardes rolhas de cortiça
Já esperam o mesmo estoiro
Diminui a nossa fé de novo
Nos atributos do tribunal
Quem perde é o Zé povo
Cai tudo no mesmo bornal
Porque a justiça de favores
Vai perdendo os seus valores
Neste nosso Portugal

domingo, 13 de junho de 2010

Comentando: É noite cerrada

Oh Alfred Hitchcock
Como o Carlos diz!
Mas que grande choque
Neste franzino país.

Pode ser que Sto António
Ajude na resolução
Porque este S. José
Está a ser muito aldrabão.

Esperemos pelo S. Pedro
Para ver como isto fica;
Será que os Santos Populares
Vão resolver esta política?

Falta ainda o S. João
No colo, tem o cordeiro
Tem sido assim, então
Com o PM o tempo inteiro

Eu, acredito em milagres
Oh, não fosse eu cristão!
Mas, com tantos ziguezagues
Do santo Sócrates, não!

sábado, 12 de junho de 2010

Comentando: Santos Oliveira e Piko

Ao amigo Santos Oliveira
E, também ao camarada Piko;
Cada um à sua maneira
Muito grato lhes fico.

Isto prova que algo se passou
Do conhecimento em causa
O Almirante terminou
Chegando, finalmente a pausa.

Seguem-se outros na tabela
Cumprimento rigorosa escala;
Deus sabe como premeia
Os que comem à nossa pala.

Porque a nossa economia
Onde abundam os odres,
Deixam-nos a menor fasquia
Migalhas com bolor e podres.

Estes, que apelidaram alguém
De piratas e parasitas;
A gente, olha-os com desdém
Porque trilham as mesmas pistas.

Na crítica, satisfaz-nos
Poder falar à vontade,
Neste mundo de enganos
Onde grassa a leviandade,

Porque a ferocidade dos lobos
Com seus ataques matreiros
Vão martirizando os povos
Famintos e sem meios.

Fracas mãos governam o barco
Que à deriva pelo mundo
Nos encalham num charco
Ou nos deixam ir ao fundo...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Bufarda - Atouguia da Baleia - Peniche

Tal foi a Bufarda
Em Atouguia da Baleia
Meteram um militar
Na urna sem farda
Trocado por pedras e areia

Impensável, certamente
Que, 42 anos passados
Tenha havido imberbe gente
Que não dignificou os soldados

Haja, pois, mais respeito
Tirem-se as devidas ilações
Que provocam fraco efeito
Para as novas gerações

Julguem-se os responsáveis
Nesta justiça que tarda
De urnas sem cadáveres
De militares sem farda

De bufarda em bufarda
Acabe-se com essa ralé
Porque os homens da espingarda
Foram militares de boa-fé

Preste-se a devida homenagem
Aos que tiveram menos sorte
Honrem-se com vassalagem
Os que tombaram na morte

Que descansem eternamente
Na sepultura como seu beliche
Deixem em paz a boa gente
Das lindas terras de Peniche…