Começo a ter vergonha
De pertencer ao país
Com doença, peçonha
Conserva a febre na raiz
Como posso mais amar
O berço onde nasci?
Com tanta gente a gamar
Como isto nunca vi...
Políticos, erguem o punho
Outros símbolos, a seta;
Assim, chegaram ao cúmulo
Fazem da gente pateta
Falam, riem, estes fenómenos
Da política desabrida;
Onde estão os barómetros
Promessa, da melhoria de vida?
Gastam balúrdios em festanças:
O patego, disso abdica!
São piores que crianças
Filhos de gente rica
Assim, puseram as finanças
À porta da botica
Cujo remédio, esperanças
Da bancarrota aflita;
Destes energúmenos sem igual
O povo brada e grita
Ladrões, matastes Portugal...
Belo poema Agostinho! Na forma e no conteúdo!
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