terça-feira, 21 de junho de 2011

A Donzela Ansiosa!

Arreitada donzella em fofo leito,
Deixando erguer a virginal camisa,
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras subtis pachacho estreito

De louro pello um circulo imperfeito
Os pappudos beicinhos lhe matiza
E a branca crica, nacarada e lisa
Em pingos verte alvo licor desfeito

A voraz porra as guelras encrespando
Arruma a focinheira, e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrados

Como é inda boçal, perde os sentidos
Porem vae com tal ansia trabalhando
Que os homens é que veem a ser fodidos.
Poemas do Bocage

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