domingo, 16 de outubro de 2011

(Tintinaine) Falando de bosta...

Aí está, sem grandes rodeios…
Porque da mesma forma vivi,
Como escasseavam os meios
Também, na terra onde nasci…
Se os tempos são de rasca
Comparados com os de outrora
Há uma diferença sem farsa
Com o sistema de agora…
E, sem evasivas ou utopias
O nosso amigo, aqui mostra
O que era viver nossos dias
Rodeados da conspurcada bosta…
Mas havia outros, afoitos sem medo
Que iludidos, procurando a fama
Se perdiam na vida, no enredo
Acabando atulhados em lama…
Na ilusão de qualquer mancebo
Que depois, se frustrava na cama
Chorando a triste amargura
Que lhe restringia a chama
Duma quimera aventura…
E, soçobrando em pérfidos deslizes
Quase os levando à loucura
Tentavam recuperar os dias felizes
No retorno à terra que se gosta
Da sua aldeia, qual doçura
Trocar os tempos da bosta
Pelas lacunas da amargura…

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