O sino da minha aldeia
No alto da torre o vejo
Ouço-o tocar volta e meia
Ao lanche há pão e queijo
*
Enquanto andar por cá
Sempre o ouvirei tocar
Quando para o lado de lá
For alguém sem avisar
*
A última vez que o ouvi
Foi ainda esta manhã
E de repente eu senti
Vinha aí notícia má
*
A verdade estou falando
Porque eu sou verdadeiro
O sino estava avisando
Que morreu um fuzileiro
*
Era mais moderno que eu
Da escola do Querido
Já não conta, pois morreu
Pronto será esquecido
*
Estudou, na Armada foi alistado
E para Angola foi fazer a guerra
Depois, na Suécia esteve emigrado
E amanhã vai para debaixo da terra !
Para quem possa interessar trata-se do 17093 - Octávio Aguiar que fez comissão em Angola na CF4, de 1964 a 1966.
ResponderEliminarGrande sorte ser essa,
ResponderEliminarum sino na tua aldeia
pão e queijo p'rá merenda
uma açorda para a ceia!
Sorte ser também,
por no mundo andar
mas, quem a não tem
a minguém a pode dar!
Sorte é essa também,
falar e bem poder ouvir
a desgraça quando vem
a alegria deixa de sorrir!
Sorte essa não era,
essa notícia de tristeza
não morreu na guerra
morreu na sua aldeia!
Tudo o que nasce morre,
disso não tenho dúvidas
tanto em vida a gente corre
a caminho das sepulturas!
Será sempre recordado,
esse guerreiro Português
merece ser condecorado
por todo o bem que ele fez!
Nem sempre o toque do sino anuncia a Primavera...
ResponderEliminar.
Poema: * Amor ... ou castigo do coração? *
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Deixando votos de um dia muito feliz
.
No campanário dessa igreja,
ResponderEliminarnem sempre quando toca o sino
anunciando o que não se deseja
respeitando as leis do destino!
Caro Tintinaine, desta vez subscrevo os versos do nosso amigo Eduardo. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite, uma boa semana, um bom ano e uma boa vida.
ResponderEliminarBom dia. Existem toques do sino que preferia nem ouvir, kkk. Parabéns pelos versos. Lindos.
ResponderEliminarHoje:- Degustação em universo sagaz
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Bjos
Votos de uma feliz Quarta-Feira