sexta-feira, 19 de março de 2010

Amigos, deixai-me sonhar...

A idade vai passando
Os dias correm a voar
Eu vou calcorreando
Com passos lentos, devagar
Longe da costumada pachorra
Dos meus versos a rimar
Porque a vida é uma porra
Por isso, deixai-me sonhar...
Deito-me tarde
Acordo cedo
Mal se nota a aurora
Pouco durmo, tenho medo
Foi-se a mocidade
E, esta velhice d'agora
Não me dá tempo p'ra desforra...
Porque, sendo Verde
Sinal de esperança
De saciar a sede
Surge pois a confiança
Esperança é minha esposa
Existe essa coincidência
Porque nos versos ou na prosa
Sai da minha inteligência
A vontade de lutar
Pela minha sobrevivência
Por isso, deixai-me sonhar...
E, hoje, Dia do Pai
Lembrando a sua tenacidade
Da força dos seus braços
Da ideia não me sai
Aquele colosso de bondade
Para vós Pais, para ti, Pai
Eternos e saudosos abraços
Pois, nunca é demais clamar
Tenho saudade dos seus tratos
Amigos, deixai-me sonhar...

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