Nesta coisa de mangueiras
Há que tê-las sempre à mão
Há que tê-las sempre à mão
Para apagar um fogo de asneiras
Em qualquer ocasião
Temos a mangueira do bombeiro
A mangueira do meu irmão
E mesmo a do sucateiro
Também as mangueiras do Gabão
Depois a mangueira do meu primo
Sempre atento às labaredas
E não é que este cretino
Apaga incêndios às mancebas?
Neste trabalho arriscado
Que consiste em apagar o lume
Até o próprio namorado
Por vezes tem ciume...
Quando a labareda é forte
E o bombeiro é um aselha
Tomaram algumas ter a sorte
De pegar numa mangueira velha
Nestas aflições de incêndio
Onde existe demasiado calor
Não era nenhum vilipêndio
Socorrer-se do extintor
Que serviria às maravilhas
No êxtase do ponto-alto
Mas ficariam as virilhas
Com excesso de pó-talco
Estando quase a chegar ao fim
Para que o fogo se extinga
Eu penso cá para mim
Tudo vai acabar em cinza!
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