A quem na pele lhe corte,
Responde com estupidez,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
Quando bebe é o mais forte,
Pensa que vale por três,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
É tão bom que até a morte,
Já fugiu dele uma vez,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
Viaja e não perde o norte,
Tem tino como um maltês,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
Dez dias vivendo à sorte,
Poupando o resto do mês,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
Se alguém há que o não suporte,
Não deixa de ser cortês,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
Arma chim-frim nos transportes,
E depois diz que nada fez,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
Se uma mulher lhe dá sorte,
Depressa lhe pede os três,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
Mas com mulher que suporte,
É ele quem lhe dá três,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
Se uma mulher lhe dá sorte,
Os dois depressa são três,
Não precisa passaporte,
P’ra mostrar que é Português.
TRABALHANDO GANHA O PÃO,
NAS CONTAS TEM HONRADÊS,
MEU PORTUGUÊS D’UM CABRÃO,
MOSTRAS BÉM QUE ÉS PORTUGUÊS.
Chico Jordão; Luxemburgo, 30-01-2001
Vê-se à légua que isto só podia ter sido escrito por um alentejano.
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