quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Negócios de Borracho!

1.
Certa vez no S. Martinho
Com a fartura do vinho
Mau negócio que eu "fez"
Comprei Vaca, saiu boi
Tive de lá voltar outra vez
2.
Quando lá á Feira cheguei
Logo com o mesmo Senhor dei
Logo um grande burburinho
Agarrei-o logo pelo pescoço
Mas tem paciência moço
São coisas do S.Martinho
3.
Desfiz então o engano
Com esse mesmo Fulano
Que se chamava Ventura
Deixamos de andar á rasca
E voltamos para a Tasca
Beber mais e á fartura
4.
Eram copos e mais copos
Já sorriam os cachopos
De ver nossas posições
Tanto eu como o Ventura
Com a fralda á dependura
Mas que par de borrachões
5.
Começa a haver sarilhos
Com a força dos quartilhos
Embora muito mal medidos
Mas nisto oiço uma voz
Que veio bem até nós
Estes dois estão perdidos
6.
Já de fraca catadura
Despedi-me do Ventura
E saí ao Zig-Zag
De repente vem um murro
Oiço dizer está seguro
Não vai daqui sem que pague
7.
Tinha deixado a Vaca
Preza a uma estaca
A um cantinho da Feira
Mas o raio da canalha
Que nessa Feira não falha
Também fez sua brincadeira
8.
Agora que vejo eu
Ó meu Santo Deus do Céu
Mas que grande desalento
A minha linda vaquinha
Não está lá coitadinha
Mas sim um velho Jumento
9.
Tentei pôr tudo em cacos
Mas apanhei dois sopapos
E eu com minha razão
Alguém disse cena feia
É metê-lo na cadeia
Esse grande borrachão
10.
Com a cabeça toldada
Não esperei por mais nada
Tratei foi de vir-me embora
E quando de regresso sózinho
Quantas vezes pelo caminho
Vi chegada a minha hora
11.
É feio ser-se borracho
Mas é defeito que acho
Agora com mais juizo
Ser alegre e sorridente
Que o seja toda a gente
Borracho não é preciso.

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