quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A Ponte!

Ponte... que és passagem

Que encurtas distâncias
És também a mensagem
Para novas esperanças!


Ponte... novo caminho
Para outro horizonte
És também um pergaminho
De hoje e não de ontem!


Ponte...que levas amizade
Aquém e além do rio
Mas também deixas saudade
Se inverteres o teu feitio


Ponte... de amor
Ponte... de carinho
Ponte... de louvor
Se não deixares ninguém sozinho


Ponte... da desgraça
Que unes duas margens de terra
Onde morreram numa barcaça
Os nossos colegas de guerra!


Ponte...quem diria
Inaugurada na euforia de alvoroço
Se fosses ponte naquele dia
Evitavas tanto desgosto...


Ponte...das omissões
Dos governantes de então
Ponte... dos mil perdões
Destes governantes sem perdão


Ponte... de famílias
Ponte... de namoradas
Ponte... de noivas aflitas
Ponte ... das esposas malfadadas


Ponte de jovens militares
Ponte de tantos gritos e ais
Ponte... de familiares
Ponte... de órfãos e de pais


Ponte... de tanta agonia
Ponte daquele rio infernal...
Zambeze na tua fúria desabrida
Enlutaste o nosso Portugal

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