Levanta-te, ó Mãe sublime, ó musa minha,
Saúdam-te, os teus filhos, gloriosamente.
Ei-los, a teus pés, garbosamente,
Prestando preito, ao teu passado, ó Mãe velhinha.
Seja onde for que estivermos,
E sem nada, nada, temermos,
Diremos, não!... – Rostos erguidos...
Lembrando sempre, enquanto pudermos,
Aos que teimam em esquecer-nos,
Que não queremos ser esquecidos.
Nunca usurpámos Glórias,
Nem procurámos Brilhar,
Nunca clamámos Vitória,
Mas o nosso lugar na História,
Ninguém...Ninguém o pode Contestar.
Ninguém no-lo pode roubar!
Queremos apenas lembrar que fomos nós.
Lembramos apenas que fomos nós.
É porque fomos nós...
Sim, fomos nós…
Fomos nós os pioneiros,
Nós, a Companhia 2 de Fuzileiros,
Mancebos corajosos voluntários aventureiros,
Que guiados por idóneos veteranos timoneiros,
De forma corajosa e soberana,
Fomos nós Os primeiros Fuzileiros,
Que pisaram as terras do Gungunhana.
E foram ainda alguns de vós,
Expeditos, altaneiros,
O primeiro PUNHADO de Fuzileiros,
Que mergulhados nas brenhas do Niassa,
Enfrentando corajosamente a ameaça,
Com tenacidade, e uma perseverança puritana!...
Pôs em relevo o cunho da nossa raça,
Desta heróica raça Lusitana.
Deixámos em ti, Moçambique, diluídos,
Retalhos dispersos da nossa conturbada, juventude,
Deixámos amores, deixámos amigos, erros e virtudes
E os nossos sonhos, de liberdade, desvanecidos.
Mas hoje ainda ressoa dentro de nós,
Sempre com a mesma ternura,
Essa tua; tão suave e amena voz,
Que teimosamente em nós perdura.
E ternamente, como Mãe a embalar,
Todos os dias nos faz relembrar;
As tuas terras, os teus costumes esse teu mar!...
A humildade da tua gente, que não esquecemos.
São coisas simples, são coisas belas, que ao recordar,
Nos fazem reviver, os dias felizes, que em ti vivemos.
Por isso, deixa, MEU IRMÃO NEGRO, que eu te dedique,
Estas palavras, de todos nós, teus companheiros,
Viv’à Machava! – Viva Lourenço Marques! – Viva Moçambique!
E VIVA ETERNAMENTE A COMPANHIA 2 DE FUZILEIROS...
Jordão: Um dos teus filhos...
Grande de corpo e alma
ResponderEliminarPossuidor de um terno coração
De pose clarividente e calma
É assim o nosso amigo Jordão!
Ditosa Pátria que tais filhos tem
Laboriosos somos todos nós
Que nesta senda de vai e vem
Somos cópias de pais e avós
E, firmes cá e além mar
Moços de fibra e boa têmpera
Munidos de uma fúria salutar
Que nunca foi efêmera...
Ciosos de fazer mais e melhor
Ir até onde forem capazes
Executando tudo ao pormenor
Eram assim briosos e audazes
Na labuta do combate e acção
Imitando os outrora pioneiros
Escrevendo o nome da Nação
Oh! heróicos Fuzileiros
Usando de uma sã fraternidade
Firme, terna e sem igual
Fomos gerando uma amizade
Escrita com as letras de Portugal...